segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Coelho Neto, em queda livre no PIB



Aquilo que já era esperado, para quando da divulgação do PIB de Coelho Neto, agora se confirma. Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Maranhão, no período de 2004 a 2008, divulgados, sexta-feira (10), no Palácio dos Leões, pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), por meio do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela uma dura realidade no campo econômico da cidade capital mundial do Bambu: Coelho Neto em queda livre, economicamente.

Os dados apresentam leves alterações no quadro estadual, mantendo-se praticamente na mesma colocação os cinco municípios que mais cresceram no Maranhão. O mesmo não acontecendo em relação à cidade Coelho Neto, que em 2004 ocupava a 15a posição, caindo para a 37a em 2008, no ranking do PIB a preço de marcado corrente, Percentual de participação no PIB e valores agregados a preços correntes dos municípios maranhenses

Abaixo apresentamos os quadros mostrando que Coelho Neto vem, de 2004 a 2008 - seguidamente, caindo para com os resultados do seu PIB. Vejamos:

Tabela 1 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2004

Maranhão

21.604.577
100%
3.576.759
3.421.951
12.693.352




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
15º
136.414
0,63
15.210
48.205
63.408
Buriti                   
48º
63.535
0,29
33.754
3.226
25.846
Aldeias Altas
119
30.919
0,14
10.367
2.299
17.827
Duque Bacelar
181º
16.544
0,08
4.358
1.461
10.469
Afonso Cunha
214º
10.301
0,05
3.391
1.114
5.634










Em 2005, Coelho Neto caiu do 15o para o 19o posto, significando uma variação negativa de 26,67 % em relação ao ano anterior (2004). Buriti caiu 20,83%.  Já Aldeias Altas (5,04%), Duque Bacelar (1,10%) e Afonso Cunha (1,40%) conseguiram variação positiva (cresceu). Aldeias Altas já apresentando o maior crescimento da nossa região, como mostra o quadro abaixo.

Tabela 2 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2005

Maranhão

25.334.591
100%
4.065.451
3.929.361
14.875.023




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
19º
147.742
0,58
17.126
47.204
72.878
Buriti
58º
62.652
0,25
30.881
3.844
26.972
Aldeias Altas
113º
35.742
0,14
10.971
2.986
21.159
Duque Bacelar
179º
17.874
0,07
4.162
1.726
11.695
Afonso Cunha
211º
11.224
0,04
3.751
1.232
6.072










Em 2006, Coelho Neto continuou em queda. Caiu 26,32%, descendo do 19o para o 24o lugar no PIB de mercado. Enquanto Buriti e Duque Bacelar, a exemplo de Coelho Neto, variaram negativamente. Aldeias Altas cresceu mais ainda, variando positivamente em 7,96% na região. Como segue:
Tabela 3 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2006

Maranhão

25.334.591
100%
4.065.451
3.929.361
14.875.023




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
24º
146.207
0,51
29.016
30.055
79.442
Buriti
60º
72.547
0,25
35.921
4.461
31.286
Aldeias Altas
104º
44.009
0,15
10.753
6.052
25.876
Duque Bacelar
188º
20.217
0,07
4.041
2.113
13.703
Afonso Cunha
211º
12.759
0,04
4.048
1.374
7.135











Em 2007, Coelho Neto volta a cair: em 29,17%. Aldeias Altas varia negativamente em 2,88%. Buriti e Afonso Cunha, com 6,91% e 0,47%, respectivamente, apresentaram variação positiva.
Tabela 4 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2007 - REVISADO

Maranhão

31.606.026
100%
5.270.864
5.058.847
17.990.915




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
mil R$
%  do PIB
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
31º
126.169
0,40
18.649
18.685
82.204
Buriti
58º
79.136
0,25
34.541
4.770
38.799
Aldeias Altas
107º
47.959
0,15
11.547
5.147
30.063
Duque Bacelar
175º
25.044
0,08
4.423
2.229
17.996
Afonso Cunha
210º
15.228
0,05
5.162
1.100
8.738












Fechando o estudo sobre o PIB de Coelho Neto, em 2008 os dados são cada vez mais negativos.  Coelho Neto volta a cair, em 19,36%.   Os dados de 2008, em comparação aos de 2004, confirmam uma queda livre, e veloz, de Coelho Neto em terríveis 146,67%. Duque Bacelar, a exemplo de Coelho Neto caiu bastante. Já Aldeias Altas cresceu 36,45%, confirmando seu acelerado crescimento econômico. Veja a tabela 5, abaixo.

Tabela 5 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes.
ANO DE 2008


Maranhão

38.486.883
100%
6.103,66
7.682.048
5.838.048
21.099.488




PIB
VA
VA
VA
municípios
no
PIB mil R$
% do PIB
per
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
C.Neto
37º
138.073
0,36
3.045,08
30.680
14.412
88.259
Buriti
41º
132.748
0,34
5.100,00
84.150
5.613
41.832
Ald. Altas
68º
94.505
0,25
4.232,60
38.806
12.454
40.155
D.Bacelar
198º
25.795
0,07
2.409,82
5.269
2.549
17.534
Af. Cunha
210º
18.595
0,05
3.187,31
6.291
1.390
10.580












PIB per capita (por cabeça) de Coelho Neto

Renda Per capita = resultado do dinheiro do Município dividido pela quantidade de habitantes.

Aqui os resultados referem-se à Renda por cabeça, ou seja: por cada pessoa. Com esses demonstrativos chegamos à conclusão de que houve uma grande desconcentração da riqueza em relação a Coelho Neto. Mesmo sendo negativos, os dados são importantes para que futuras ações sejam implantadas, urgentemente.

Em sendo o PIB a soma do valor monetário final dos bens e dos serviços que foram produzidos em um determinado município, conforme nosso tema aqui em análise, concluímos nosso ponto de vista lamentando a atual situação econômica de Coelho Neto. Lamentamos porque Coelho Neto já esteve entre as 10 cidades mais ricas do Maranhão. E esses resultados negativos (de 1998 a 2008) são reflexos de erros gravíssimos na área da Agropecuária, dos Serviços e da Indústria de Coelho Neto, cometidos nesses últimos 10 anos.

A situação é tão crítica que Coelho Neto, dentre os municípios circunvizinhos, fica atrás de Afonso Cunha e a frente apenas de Duque Bacelar.

Os atuais resultados, por si só, indicam que no campo econômico Coelho Neto, em 153o lugar, desceu voando para as últimas posições no ranking maranhense do PIB Per capita por município. Coelho Neto, economicamente, foi parar num posto jamais imaginado. Perdendo para Buriti, Aldeias Altas e Afonso Cunha. Superando apenas Duque Bacelar. Comprovamos no quadro abaixo:

RANKING DO PIB PER CAPITA

Tabela 6 – Ranking do PIB per capita, PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, população e valores agregados a preços correntes. Ano de 2008.

Maranhão

6.103,66
100%
6.305.539
7.682.048
5.838.417
21.099.488


PIB per
% do
popula
VA
VA
VA
municípios
no
Capita R$
PIB
ção
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Anapurus
28º
6.026,87
0,20
12.990
47.793
3.524
26.151
Buriti
44º
5.100,00
0,34
26.029
84.150
5.613
41.832
Caxias
48º
5.009,33
1,92
147.416
37.462
172.050
422.765
Mata Roma
56º
4.487,97
0,17
14.252
33.951
3.561
25.646
Brejo
61º
4.318,03
0,36
32.018
65.786
8.152
61.967
Chapadinha
62º
4.265,66
0,77
69.734
117.611
19.454
152.901
Ald.Altas
63º
4.232,60
0,25
22.328
38.806
12.454
40.155
Timon
90º
3.823,11
1,48
148.804
22.363
74.392
423.449
Af. Cunha
138º
3.187,31
0,05
5.834
6.291
1.390
10.580
C. Neto
153º
3.045,08
0,36
45.343
30.68
14.412
88.259
D. Bacelar
203º
2.409,82
0,07
10.704
5.269
2.549
17.534














Neste nosso estudo, usando a ANÁLISE ESTATÍSTICA por área econômica, alguns resultados são importantes.  Vejamos:

Agropecuária

Variações nominais positivas de 2008, em relação ano anterior:
Aldeias Altas (3º): O município apresentou aumento na produção de cana-de-açúcar de 13.095 t em2007 para 462.085 t em 2008. Apresentou mudança no ranking de 141º para 58º posto.

Indústria

Variações nominais positivas de 2008 ,em relação ano anterior:
Aldeias Altas (2º): O aumento na participação em relação ao VA da Indústria do Estado foi originado através da atividade econômica Indústria de Transformação. O município apresentou aumento na produção de cana-de-açúcar de 13.095 t em 2007 para 462.085 t em 2008. Reativação da Usina de Açúcar e Álcool e Biodiesel. Mudança de Posto de 73º para 37º em 2008.

As maiores variações nominais negativas de 2008, em relação ano anterior:
Coelho Neto (4º) A redução na participação em relação ao VA da Indústria do Estado foi originado através da atividade econômica Indústria de Transformação (Paralisação da Usina de Açúcar e Álcool). Mudança de Posto de 21º para 32º.

Impostos

Variações nominais positivas 2008, em relação ano anterior: Aldeias Altas (2º)
As maiores variações nominais negativas de 2008 em relação ano anterior:
·         Coelho Neto (3º): Mudança de Posto de 23º em 2007 para 30º em 2008.

Uffa!!!  É preciso melhorar!

Falar os nomes dos culpados por esses negativos indicadores econômicos será masoquismo e, mais ainda, relembrar momentos ruins do nosso município.  Certo mesmo é que a atual situação econômica de Coelho Neto, coloca a cidade como uma grande dependente do estado, tendo em vista aos aportes financeiros necessários para as áreas da saúde, da Educação, da Assistência Social, da Segurança pública e etc, que não recebem grandes participações financeiras locais devido à gravíssima queda na arrecadação do município; que deveriam vir, principalmente, dos impostos pagos por conta dos serviços executados pelos empreendimentos industriais desta capital mundial do Bambu.
 
E só lamentar não basta para recolocar Coelho Neto entre as 10 cidades mais ricas do Maranhão, posto por ela já ocupado no passado.  Como tudo na vida é em mão dupla, temos a certeza de que os próximos estudos econômicos sobre Coelho Neto serão imensamente maravilhosos. Para confirmarmos esta certeza basta analisarmos os bons resultados (positivos) conseguidos nos últimos meses na Saúde, na Educação, na Assistência social e em várias outras áreas da gestão pública municipal.  Não é tudo. Falta ainda muito mais. Mas agora, um novo aparelho gestor municipal, começa a mostrar que com boas intenções, com bons projetos e com grandes parcerias conseguiremos alcançar as primeiras posições em desenvolvimento no estado.

Com certeza chegaremos lá!

Fonte:  IMESC

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Educação brasileira, cada vez melhor.

.......Muita coisa mudou, e para melhor, apesar dos vários desafios que ainda existem para que todos os brasileiros tenham acesso à educação de qualidade.
Vejamos um exemplo de melhoria?  Em 1997, sete de cada 100 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos estavam fora das salas de aula. Em 2009, o número caiu para duas crianças a cada 100. A informação é do estudo divulgado em novembro deste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Informações referentes ao ano de 2010 ainda não estão fechadas, mas os especialistas apostam em mais melhorias.

“No entanto, mesmo com o aumento do número de matrículas, ainda existem cerca de 500 mil meninos e meninas de 7 a 14 anos sem freqüentar a escola. Assim, a universalização da educação básica – quer dizer, todos na escola - ainda é um sonho. Um sonho que você, seguidor/cidadão comum, pode ajudar a transformar em realidade. Olhe para a vizinhança, preste atenção nos meninos e meninas, pesquise, pergunte. Se descobrir alguma criança fora da sala de aula, tente conversar com os pais ou responsáveis. Se ainda assim ela continuar sem freqüentar a escola, aí o jeito é procurar o Conselho Tutelar, órgão encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos de meninos e meninas, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. Você também pode denunciar o caso ao Ministério Público. A educação é um direito da criança e do adolescente, e uma obrigação do Estado e da sociedade”.
“De acordo com estudo do IPEA, o tempo médio de escolaridade no Brasil subiu para 7 anos e meio em 2009. Treze anos atrás, em 1997, cada brasileiro ficava menos de 6 anos na escola. Apesar da melhoria geral, as desigualdades continuam. A região Sudeste foi a única que conseguiu alcançar o tempo mínimo previsto na Constituição, que é de 8 anos (1). As diferenças também aparecem quando se compara cor ou população urbana com rural. Quem vive na cidade tem quase 9 anos de estudo. Já o tempo de escola de quem mora na área rural não chega a 4 anos. Além disso, os negros têm quase dois anos a menos de escolaridade que os brancos”.

...........Para evitar o abandono da escola, é preciso a união de todos: pais, professores, prefeito, dirigente educacional, comunidade. Se você é professor, pode procurar sempre dar aulas criativas. De preferência, que tenham a ver com a realidade do estudante. E nunca deixe de acreditar na capacidade de aprender de cada aluno, afinal, cada criança tem seu ritmo. Agora, se você conhece alguém que saiu da escola antes da hora, lembre-se e motive-o: sempre é tempo de voltar, de continuar os estudos.
“Mudanças feitas na Constituição Federal em 2009 obrigam o Estado a ampliar o acesso à educação básica - da pré-escola ao ensino médio. Antes, o dever do Estado era ofertar apenas o ensino fundamental. Agora as crianças deverão ser matriculadas aos 4 anos de idade e permanecer na escola, pelo menos, até os 17. O prazo final para que as alterações entrem em vigor em todo o País é 2016. Assim, em 2016, os anos de permanência na escola vão subir de 8 para 14”.
........Você que é professor de escola pública e ainda não tem a formação mínima exigida por lei, fique atento: até o dia 15 de dezembro estão abertas as pré-inscrições para formação inicial de professores que atuam na educação básica. Para o primeiro semestre de 2011, serão oferecidas 40 mil vagas em cursos de licenciatura presenciais e 7 mil a distância. Para participar, você precisa estar cadastrado no Educacenso 2009 e na Plataforma Freire. O endereço da Plataforma é http://freire.mec.gov.br/. Lá, além de fazer um cadastro, você encontra diversas informações sobre os cursos. As instituições de ensino superior realizarão os processos seletivos a partir do dia 24 de janeiro.
“Todo professor deve ter nível superior em cursos de licenciatura para a matéria que leciona. Só de quem atua na educação infantil ou nos anos iniciais do ensino fundamental é exigido apenas o nível médio, na modalidade normal/magistério. São exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a LDB.   Muitos brasileiros não aprenderam a ler e escrever. Em 2009, havia 14 milhões de analfabetos no País, conforme estudo do Ipea divulgado em novembro deste ano. O mesmo estudo revela, também, redução da taxa de analfabetismo, desde a década de 90, principalmente no Nordeste. Em 1997, 29 de cada 100 nordestinos não sabiam ler e escrever; no ano passado, o número baixou para 19. No entanto, a região ainda concentra mais da metade da população analfabeta do País. O estudo constatou também que o analfabetismo atinge principalmente as populações negras e pobres que vivem na zona rural. Pelo estudo do Ipea, o grau de analfabetismo é medido pelo número de pessoas com 15 anos ou mais que, segundo definição internacional, não sabem ler e escrever um bilhete simples”.
......Aos 8 anos, a criança deve saber ler e escrever. Caso contrário, toda a vida escolar dela pode ficar prejudicada. Uma das formas de saber qual o nível de alfabetização dos pequenos é a Provinha Brasil, um teste aplicado no início e fim do ano letivo para avaliar as habilidades de leitura e escrita de crianças de 6 a 8 anos de idade que estão no 2º ano ou 1º série do ensino fundamental.
......Uma das formas de reduzir o analfabetismo é cobrar, dos novos eleitos, ações para melhorar a educação. Com esse objetivo, instituições de diversos segmentos, entre elas, o UNICEF, elaboraram uma carta-compromisso. O documento foi entregue aos governantes e parlamentares que tomam posse no ano que vem. A carta relaciona as medidas necessárias para o avanço da educação no País, como, por exemplo, ter todos os meninos e meninas de 4 a 17 anos na escola até o ano de 2016, acabar com o analfabetismo e garantir que, até 2014, todas as crianças brasileiras com até os 8 anos de idade estejam alfabetizadas.
Consulta: Rádio pela Infância