sexta-feira, 29 de março de 2013

Inflação e crescimento, qual o problema?




Antigamente se dizia que o Brasil vivia um dilema: ou ele acabava com a saúva ou a saúva iria acabar com ele. A saúva continua aí, firme e forte, e o mesmo acontece com o Brasil. Hoje, no lugar da saúva, os do contra, aquela turma que não se conforma em ver o país progredir, elegeu a inflação como o bicho-papão que invade os sonhos de prosperidade desta jovem democracia. E para tais arautos da desgraça, não existe outra forma de combater a alta de preços, para eles galopante, a não ser aumentar o juros e desempregar as pessoas, como forma de "arrefecer" o consumo.

Lá na África do Sul, onde foi participar da 5ª reunião de cúpula dos países que integram o grupo chamado de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a presidenta Dilma Rousseff disse, numa entrevista coletiva, ser contrária a medidas de combate à inflação que comprometam o ritmo de crescimento econômico do país.

“Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico, até porque nós temos uma contraprova dada pela realidade. Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença, ele é complicado, você entende? Eu vou acabar com o crescimento do país? Isso daí está datado. Isso eu acho que é uma política superada”, afirmou.

Ela ressaltou que o governo está atento e acompanha “diuturnamente” a questão da inflação. “Não achamos que a inflação está fora de controle, pelo contrário, achamos que ela está controlada e o que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos."

Bastou ela dar essa declaração para as agências de notícias espalharem a informação de que o governo não iria permitir que o Banco Central aumentasse a taxa de juros básica, a Selic, como o mercado financeiro espera que faça, para engordar seus lucros já estratosféricos, e que o seu governo havia trocado o combate à inflação pelo crescimento econômico - como se as duas coisas fossem excludentes.

O pessoal do contra se assanhou, e foi imediatamente à luta, por meio dos inúmeros agentes que tem espalhados pelas redações país afora. A ordem foi clara: descer a lenha na presidente e no Banco Central, criar o máximo de confusão possível. Afinal, onde já se viu um governo ir contra as determinações dessa entidade sagrada chamada "mercado"?

A reação, porém, foi quase imediata. Dilma, por meio do Blog do Planalto, foi enfática em dizer que suas declarações haviam sido mal interpretadas pelo mercado financeiro. “Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo.” Segundo o Planalto, “agentes do mercado financeiro estavam interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação”.

Hoje, o Banco Central divulgou o seu relatório trimestral de inflação, no qual projeta uma taxa de 5,7% neste ano, acima da previsão de 4,8% do relatório anterior. Também estima que o Produto Interno Bruto aumentará 3,1% neste ano.

Não é o melhor dos mundos, mas está muito, mas muito distante daquele que a turma do contra, esse pessoal que não se conforma com os avanços do país, insiste em dizer, apesar de todas as evidências em contrário, que é o real, que é este em que vivemos.
"pescado" no blog Crônicas do Motta



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quinta-feira, 28 de março de 2013

85% dos brasileiros desconhecem o que é a Copa das Confederações

Às vésperas da Copa das Confederações, 85% dos brasileiros não sabem explicar o que é o torneio preparatório para a Copa do Mundo. A competição vai de 15 de junho a 30 de junho e reúne oito seleções que estarão no torneio em 2014. O estudo é da consultoria Hello Research e foi feito com mil pessoas em 70 cidades brasileiras, com entrevistados dos dois sexos,....... entre 16 e 70 anos, todos com grau de escolaridade.

A Copa das Confederações, que será realizada em seis capitais brasileiras (Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador), é usada pela Fifa e por seus patrocinadores para testar a infraestrutura local. As seleções também aproveitam para montarem suas equipes em busca do troféu da Copa do Mundo no ano seguinte — Brasil, Japão, México e Itália estão no Grupo A, enquanto Espanha, Uruguai, Taiti e Nigéria integram o Grupo B.

A pesquisa constatou ainda que os jovens são os que mais souberam explicar o que é a Copa das Confederações. Entre indivíduos de 16 a 25 anos apareceu o melhor resultado, com 35% deles declarando saber do que se trata o evento. Na faixa de 25 a 34 anos, este número baixou para 33%. E a redução prosseguiu nas faixas de idades mais avançadas.

Para Davi Bertoncello, diretor-executivo da Hello Research, a Copa das Confederações ainda não faz parte do imaginário das pessoas, apesar de o Brasil ter sido o último campeão, em 2009, antes do Mundial na África do Sul. Até pelos interesses dos patrocinadores na competição, ainda vai haver muita comunicação sobre o evento.

— Apenas 15% dos brasileiros sabem exatamente o que é a Copa das Confederações, nos dando a surpreendente realidade de que 85% das pessoas simplesmente desconhecem o evento, ou ainda fazem muitas confusões sobre seu significado e importância. (R7)

 

O que tem a ver coelho com ovos, seus símbolos, com a ressurreição de Jesus?


AMIGOS,

Quando eu era criança não entendia muito bem a Páscoa. Só adorava procurar os ovinhos de chocolate que o coelhinho escondia.
Mas, o que tem a ver coelho com ovos, seus símbolos, com a ressurreição de Jesus ou a fuga dos hebreus do Egito comandada por Moisés?
Agora sei qual a relação de tudo isto. Os ovos são o símbolo do nascimento.
Ali dentro, uma vida por vir ao mundo. É o eterno milagre da vida que renasce todos os dias. O coelho é o animal que se reproduz com uma velocidade estonteante, é uma ode à família, uma declaração de amor que a natureza faz todos os dias.
Renascer é nascer, somos nós mesmos que renascemos nos nossos filhos, é a vida que se pereniza na prole. A fuga dos hebreus é o fim da escravidão de um povo. A escravidão equivale à morte, escravizar equivale a tirar a vontade e a alma de alguém, equivale a tirar sua vida.
Se libertar da escravidão é viver de novo, é renascer, é estar sempre começando tudo de novo. Por fim, Jesus é a ressurreição. Quer prova mais clara do que digo? Este eterno milagre que nos encanta é o milagre da vida que a Páscoa nos relembra.
A Páscoa é a ressurreição das nossas almas. Este é o dia de renascer, começar tudo de novo. De nos libertamos do mal que corrompeu nossas almas e nos recobrirmos com o véu da pureza da alma que tivemos um dia.
Abandonar tudo o que é velho e antigo e olhar pra frente com coragem. Dedicarmos-vos à vida como quem sorve o sumo de um fruto saboroso. Hoje é dia de renascer.
Feliz Páscoa para todos!

domingo, 24 de março de 2013

Farinha registra maior alta dos últimos 20 anos no Maranhão


Casa do forno, onde há a farinhada

Quem é maranhense, sabe. Farinha na mesa é coisa sagrada. "O maranhense gosta muito de farinha, né? É o pirão mesmo, só em cima do arroz, de qualquer jeito, o maranhense gosta de farinha", disse o comerciante João Crescêncio. "Se eu olhar o arroz na mesa e não tiver a farinha, não me satisfaz.
Agora, se tiver a farinha e não tiver o arroz, eu como", revelou o carpinteiro Manoel da Conceição Soares.

Apreciada como sempre, cara como nunca. "Tá caro de exagerado. A gente lamenta, infelizmente, foi uma crise das plantações. Realmente aqui no Maranhão tão até parando de plantar", contou o vendedor Antônio Soares.
Pinheiro tem a fama de produzir uma das farinhas mais saborosas do estado. Além disso, é um dos maiores produtores maranhenses. Mas, até por lá, o quilo da farinha "está custando o olho da cara", como costuma dizer o povo da região. "Essa é biriba. Tá R$ 10,00. Essa comum aqui tá R$ 8,00", disse o comerciante José de Ribamar Menezes.

Os produtores dizem que é a maior alta dos últimos 20 anos. A explicação para o aumento está na cadeia produtiva e vários fatores explicam. Um deles é a estiagem, que começou cedo e se prolongou por muito mais tempo. Faltou chuva e a mandioca não cresceu o quanto o produtor esperava.
O produtor Edvan Silva plantou a mandioca em agosto do ano passado. Como é um plantio mecanizado, esperava colher já em março. Mas a chuva não veio como ele esperava. "Cheio de esperança. Tava chovendo bastante, aí depois que eu plantei, a chuva desapareceu. Aí nasceu uma parte. A outra parte, eu plantei novamente, quando choveu um pouquinho", disse.
Farinha Biriba

Edvan arranca uma maniva para nos mostrar como a raiz se desenvolveu e a constatação não é animadora. "Aí, ó. Se tivesse a chuva? Se tivesse a chuva, essa aqui tava boa", lamentou.
Nas casas de forno, os tanques estão quase todos vazios e o número reduzido de gente trabalhando também mostra o quanto a mandioca está em falta. Para o lavrador Francisco dos Santos Abreu, além da chuva, falta gente para trabalhar na lavoura, assistência técnica e incentivo para os assentamentos. "Antes tinha muito projeto aí. O Incra investiu em muito projeto. Deu uns dois anos, aí que deu muita farinha, mas depois o pessoal foi abandonando os projetos", contou.

Segundo o lavrador, é por falta de bons resultados na roça que os homens da região estão abandonando a lavoura para trabalhar em grandes obras pelo país a fora. "Tão tudo trabalhando em firma. Os mais novo tão tudo no mundo. Eu mesmo, os que trabalhava comigo, foram tudo embora", explicou.
Os lavradores ainda enfrentam outro problema. A chuva alternada com sol intenso e temperaturas altas favorecem o desenvolvimento de um tipo de fungo que causa a podridão da mandioca. As que não apodrecem, perdem a qualidade.

A qualidade da mandioca influencia diretamente no preço da farinha. Quando ela está boa, a massa é consistente. O produtor precisa de, no máximo, 100 quilos de mandioca para produzir 30 quilos de farinha. Quando caem as primeiras chuvas, a coisa muda totalmente de figura. Metade da massa se transforma em água. Os produtores costumam dizer que a mandioca está "degenerada". Com isso, para produzir os mesmos 30 quilos, a quantidade de polpa dobra.
Mandioca e Milho na região Tutóia - 2011

"No verão, a gente bota 100 quilos de mandioca para fazer 30 quilos de farinha. Hoje, a gente bota uma base 200 quilos de mandioca pra dar 30 quilos de farinha. Aí, a gente perde muito por isso, mas o que a gente vai fazer? A gente depende da mandioca pra sobreviver e isso vai da natureza", diz o lavrador.
Porão dos Pirrós é o maior produtor de farinha biriba da região. Na época da boa safra, que vai de maio até outubro, chega a produzir 30 toneladas de farinha por mês. Agora, a produção caiu pela metade. "Isso é uma coisa que deixa a gente preocupado. Nós temos hoje três agroindústria no Porão dos Pirrós, pra nós manter elas funcionando e vender pra cidade de Pinheiro, Santa Helena, enfim, na baixada e capital. Estamos usando a pouca que nós temos e tamo buscando nos povoados que não são assentamentos e também nos municípios vizinhos", revelou o produtor.

Se a farinha é pouca e a procura é grande, o preço vai para as alturas. Em dezembro, os valores começaram a subir e não pararam mais. Para o lavrador Joacy dos Santos Vieira, é uma oportunidade de pagar as contas. "Ajuda nas despesas da gente, financeira, que a gente tá devendo uma continha. Por causa do preço, a gente corre e vai acertar as contas da gente, mas, por outro lado, eu acho que a gente perde muito mais", disse.
Assim, a farinha, que já foi comida de pobre, está virando artigo de luxo.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Abelha maranhense que produz mel considerado o melhor do país é tema de livro


Colméias maranhenses apresentam produtividade de 33 kg 
de mel por unidade, maior que a média nacional que é de 19 kg por colméia

Anos de pesquisa sobre a abelha Tiúba, espécie sem ferrão, foram reunidos no livro "25 Anos de Pesquisas Sobre a Abelha Tiúba Melipona Fasciculatano Maranhão", que será lançado nesta sexta-feira (22), às 15h, no Auditório da UEMA Net, no Campus da Universidade Estadual do Maranhão. A obra, organizada pelos pesquisadores Eleuza Gomes Tenório, José Ribamar Barros e Cíntia Pacheco, foi escrita, segundo os autores, não apenas para ser material de pesquisa acadêmica como, também, para servir ao produtor apícola como fonte de conhecimento da atividade.
Em destaque no livro temas como o manejo adequado da espécie, detalhes sobre a florada no Estado, aumento no rendimento das colônias e a busca do mercado dos produtos apícolas oriundos da espécie. "A obra também é uma homenagem aos 90 anos do Prof. Dr. Warwick Estevam Kerr, um dos maiores cientistas do Brasil e considerado um dos maiores especialistas em genética de abelhas do mundo. Foi ele o responsável pela pesquisa de abelhas no Maranhão", destaca a Profa. Dra. Eleuza Tenório.
O evento terá ainda palestra do Prof. Dr. Espencer Soares, da USP Ribeirão Preto, que vai representar e contar a trajetória e contribuição do Dr. Warwick Kerr nas pesquisas feitas no Maranhão. "Eventos como esse dão visibilidade à atividade apícola do Maranhão, que apesar de ainda tímica tem potencial para tornar o estado maior produtor de mel orgânico do país", ressalta Cláudio Azevedo, Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAGRIMA), que apoia o evento.
A produção apícola é a principal atividade 
de quase 500 famílias maranhenses

Abelha Tiúba
A Meliponafasciculata, popularmente conhecida como Abelha Tiúba, ocupa lugar de destaque dentre as abelhas sem ferrão mais promissoras para a produção de mel no Brasil. É criada em quase todo o Estado do Maranhão, principalmente na Baixada Maranhense, e representa um importante papel econômico como fonte de renda e qualidade de vida para agricultores familiares. Encontrada no Maranhão, Pará e Piauí, a Tiúba é uma abelha nativa, indígena, e tem explorados sua produção de cera, mel e geoprópolis (usado para tratamentos dentários).
No primeiro semestre do ano passado, durante o Congresso Brasileiro de Apicultura realizado na Cidade de Gramado- RS, o mel da abelha Tiúba do Maranhão foi escolhido como o melhor mel de abelha sem ferrão produzido no Brasil em um concurso com representantes de todos os estados produtores. O mel vencedor foi colhido no município de Morros, em um projeto piloto de implantação da atividade apícola na região.
A criação racional das abelhas sem ferrão é uma atividade que tende a crescer, trazendo benefícios econômicos e ambientais. "A criação de abelhas preserva o meio ambiente porque elas realizam o serviço de polinização das plantas, tanto silvestres como cultivadas. Além disso, contribuem diretamente para a produção de alimentos e manutenção da biodiversidade vegetal", enfatiza Eleuza Tenório.
A pesquisadora alerta, porém, que a sobrevivência das abelhas sem ferrão está ameaçada por desmatamentos, queimadas e uso indiscriminado de agrotóxicos, além do processo predatório de retirada do mel. "Com a permanência da atividade extrativista do meleiro é provável que a abelha tiúba seja extinta um dia. O que vai garantir a preservação dessa abelha é justamente sua criação racional e, no Maranhão, esse trabalho está sendo desenvolvido com técnicas que melhoram o manejo, como por exemplo, a transferência do tronco para a colméia racional, o que, consequentemente, aumenta a produção. Essa produção sustentável tem crescido no estado", afirma Eleuza Tenório.
Livro sobre a Abelha Tiúba no Maranhão 
homenageia o pesquisador Warwick Kerr

Trabalhos racionais feitos através de meliponário são encontrados em grandes quantidades no Maranhão, principalmente na Baixada Maranhense, onde os meliponários abrigam cerca de 300 a 400 colméias. Os municípios de Santa Luzia do Paruá, Olinda Nova do Maranhão, e Viana são grandes produtores de mel de abelha sem ferrão, mas elas podem ser encontradas em quase todo o território maranhense.
Potencial para ser maior produtor nacional -A produção maranhense de mel tem se destacado nas últimas floradas. A safra 2012, por exemplo, mesmo com todos os problemas causados pela estiagem que atingiu todo o estado, registrou uma produção de 2,5 mil toneladas, e colocou o Maranhão no 10º lugar no ranking nacional e 5º lugar na classificação entre os estados nordestinos.
"O Maranhão está cada vez mais atraindo investidores que acreditam no nosso potencial. Temos uma diversidade de florada e clima propícios para a produção não só de mel orgânico, de alta qualidade e valor comercial, como de outros produtos apícolas como a cera, o pólen e até o veneno das abelhas. As maiores empresas do setor já estão de olho no nosso potencial e planejam iniciar ou aumentar os investimentos no estado nos próximos anos. O governo do estado está atento a esse cenário e vai aumentar as ações de incentivo a essa cadeia produtiva", destacou o secretário Cláudio Azevedo.

Fonte: Sagrima     Texto: Claudilene Maia

quinta-feira, 21 de março de 2013

Bancos cometem ilegalidade empurrando clientes para Correspondentes



Correspondente Bancário

Os bancos estão empurrando os clientes, que hoje realizam suas transações no terminal de caixa, para os correspondentes bancários que ficam próximos a agências. Segundo o Código de Defesa do Consumidor (art. 39, inc.IX), é considerada prática abusiva a recusa da venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento.
 Mandar clientes para os correspondentes não é melhoria na qualidade do atendimento, mas, sim, um grande descaso com a população que paga altas taxas de juros e tarifas. Essa é uma demonstração clara de precarização do atendimento. Com isso, o banco quer reduzir os custos e aumentar ainda mais seus já exorbitantes lucros.

Correspondentes dentro das agências
Finalmente, foi proibida a prestação de serviços por correspondente bancário nas dependências da instituição contratante desde o dia 1º de março. O prazo inicial era 1º de janeiro de 2012, mas foi adiado para 4 de abril, depois para 1º de novembro, e então 1º de março de 2013. O uso dos correspondentes é uma estratégia dos bancos para diminuir custos e aumentar seus lucros.
 A notícia, confirmada pela assessoria de imprensa do Banco Central no último dia 12, representa o fim de uma novela, uma vez que o Conselho Monetário Nacional (CMN) adiou quatro vezes o prazo para os bancos retirarem correspondentes de dentro das agências. A medida faz parte da Resolução 4.035, e que altera a 3.954.

A luta pelo fim da terceirização e precarização do trabalho vem sendo travada há muito tempo e é um importante avanço um dispositivo de lei que proíba a permanência de correspondentes dentro dos bancos. Mas é preciso fiscalização, afirma José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE).
Colaboração: Tony Correia
Por EdivâniaFreire
FAXAJU



quarta-feira, 20 de março de 2013

Joaquim Barbosa diz que existe ‘conluio’ entre advogados e juízes


O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa, afirmou nesta terça-feira, 19, que existe um conluio entre juízes e advogados. Durante julgamento no qual o CNJ determinou a aposentadoria compulsória de um magistrado do Piauí acusado de beneficiar advogados, Barbosa disse que muitos juízes devem ser colocados para fora da carreira.
“Há muitos (juízes) para colocar para fora. Esse conluio entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. Nós sabemos que há decisões graciosas, condescendentes, absolutamente fora das regras”, criticou Joaquim Barbosa.
O presidente do CNJ deu a declaração ao debater de forma amistosa sobre o caso do Piauí com o relator do processo, Tourinho Neto, que ficou vencido no julgamento. Tourinho Neto comentou: “Tem juiz que viaja para o exterior para festa de casamento de advogado e não acontece nada.”
Em sua última sessão como conselheiro do CNJ, Tourinho Neto foi o único a votar contra a aposentadoria compulsória do juiz de Picos (PI) João Borges de Sousa Filho.
Tourinho Neto afirmou que tem amizade com advogados, mas que isso nunca influenciou suas decisões. Ele contou que foi juiz no interior da Bahia e que “tomava uísque na casa de um, tomava cerveja na casa de outro”.
O conselheiro disse que existe juiz que instala câmera no gabinete para se precaver e posteriormente não ser acusado de beneficiar determinada parte de um processo. “Isso é terrível. Na próxima Loman (Lei Orgânica da Magistratura) vai estar que juiz não pode estar com advogado e nem com Ministério Público”, opinou.
Pouco depois, Tourinho comentou sobre a possibilidade de clientes escolherem advogados que são próximos a juízes. “O advogado é amigo do juiz, a parte contratada achando que vai receber benesse”, disse. “E às vezes recebe um tratamentozinho privilegiado”, rebateu Barbosa. Tourinho reagiu e afirmou: “Mas Vossa Excelência é duro como diabo.”
Nos debates, Tourinho chegou a comentar a possibilidade de Joaquim Barbosa se candidatar à Presidência da República no próximo ano. “O juiz, na maioria dos casos, é um acovardado. Vossa Excelência foi endeusado. Quem sabe não será o próximo presidente da República?”, brincou. O presidente do CNJ não respondeu.
Recentemente, Joaquim Barbosa envolveu-se em uma polêmica com associações representativas de juízes. O problema ocorreu após o presidente do STF ter concedido uma entrevista a jornalistas correspondentes estrangeiros na qual atribuiu a magistrados brasileiros mentalidade mais conservadora, pró impunidade.
Entidades representativas de magistrados reagiram. Numa nota oficial, afirmaram que não admitem que sejam lançadas dúvidas genéricas sobre a lisura e a integridade dos magistrados brasileiros. “Causa perplexidade aos juízes brasileiros a forma preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa com que o ministro Joaquim Barbosa enxerga os membros do Poder Judiciário brasileiro”, afirmaram as associações na nota. (Estadão)