segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Coelho Neto, em queda livre no PIB



Aquilo que já era esperado, para quando da divulgação do PIB de Coelho Neto, agora se confirma. Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios do Maranhão, no período de 2004 a 2008, divulgados, sexta-feira (10), no Palácio dos Leões, pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), por meio do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela uma dura realidade no campo econômico da cidade capital mundial do Bambu: Coelho Neto em queda livre, economicamente.

Os dados apresentam leves alterações no quadro estadual, mantendo-se praticamente na mesma colocação os cinco municípios que mais cresceram no Maranhão. O mesmo não acontecendo em relação à cidade Coelho Neto, que em 2004 ocupava a 15a posição, caindo para a 37a em 2008, no ranking do PIB a preço de marcado corrente, Percentual de participação no PIB e valores agregados a preços correntes dos municípios maranhenses

Abaixo apresentamos os quadros mostrando que Coelho Neto vem, de 2004 a 2008 - seguidamente, caindo para com os resultados do seu PIB. Vejamos:

Tabela 1 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2004

Maranhão

21.604.577
100%
3.576.759
3.421.951
12.693.352




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
15º
136.414
0,63
15.210
48.205
63.408
Buriti                   
48º
63.535
0,29
33.754
3.226
25.846
Aldeias Altas
119
30.919
0,14
10.367
2.299
17.827
Duque Bacelar
181º
16.544
0,08
4.358
1.461
10.469
Afonso Cunha
214º
10.301
0,05
3.391
1.114
5.634










Em 2005, Coelho Neto caiu do 15o para o 19o posto, significando uma variação negativa de 26,67 % em relação ao ano anterior (2004). Buriti caiu 20,83%.  Já Aldeias Altas (5,04%), Duque Bacelar (1,10%) e Afonso Cunha (1,40%) conseguiram variação positiva (cresceu). Aldeias Altas já apresentando o maior crescimento da nossa região, como mostra o quadro abaixo.

Tabela 2 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2005

Maranhão

25.334.591
100%
4.065.451
3.929.361
14.875.023




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
19º
147.742
0,58
17.126
47.204
72.878
Buriti
58º
62.652
0,25
30.881
3.844
26.972
Aldeias Altas
113º
35.742
0,14
10.971
2.986
21.159
Duque Bacelar
179º
17.874
0,07
4.162
1.726
11.695
Afonso Cunha
211º
11.224
0,04
3.751
1.232
6.072










Em 2006, Coelho Neto continuou em queda. Caiu 26,32%, descendo do 19o para o 24o lugar no PIB de mercado. Enquanto Buriti e Duque Bacelar, a exemplo de Coelho Neto, variaram negativamente. Aldeias Altas cresceu mais ainda, variando positivamente em 7,96% na região. Como segue:
Tabela 3 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2006

Maranhão

25.334.591
100%
4.065.451
3.929.361
14.875.023




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
% do
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
24º
146.207
0,51
29.016
30.055
79.442
Buriti
60º
72.547
0,25
35.921
4.461
31.286
Aldeias Altas
104º
44.009
0,15
10.753
6.052
25.876
Duque Bacelar
188º
20.217
0,07
4.041
2.113
13.703
Afonso Cunha
211º
12.759
0,04
4.048
1.374
7.135











Em 2007, Coelho Neto volta a cair: em 29,17%. Aldeias Altas varia negativamente em 2,88%. Buriti e Afonso Cunha, com 6,91% e 0,47%, respectivamente, apresentaram variação positiva.
Tabela 4 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes. ANO DE 2007 - REVISADO

Maranhão

31.606.026
100%
5.270.864
5.058.847
17.990.915




VA
VA
VA
municípios
no
PIB
mil R$
%  do PIB
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Coelho Neto
31º
126.169
0,40
18.649
18.685
82.204
Buriti
58º
79.136
0,25
34.541
4.770
38.799
Aldeias Altas
107º
47.959
0,15
11.547
5.147
30.063
Duque Bacelar
175º
25.044
0,08
4.423
2.229
17.996
Afonso Cunha
210º
15.228
0,05
5.162
1.100
8.738












Fechando o estudo sobre o PIB de Coelho Neto, em 2008 os dados são cada vez mais negativos.  Coelho Neto volta a cair, em 19,36%.   Os dados de 2008, em comparação aos de 2004, confirmam uma queda livre, e veloz, de Coelho Neto em terríveis 146,67%. Duque Bacelar, a exemplo de Coelho Neto caiu bastante. Já Aldeias Altas cresceu 36,45%, confirmando seu acelerado crescimento econômico. Veja a tabela 5, abaixo.

Tabela 5 – PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, valores agregados a preços correntes.
ANO DE 2008


Maranhão

38.486.883
100%
6.103,66
7.682.048
5.838.048
21.099.488




PIB
VA
VA
VA
municípios
no
PIB mil R$
% do PIB
per
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
C.Neto
37º
138.073
0,36
3.045,08
30.680
14.412
88.259
Buriti
41º
132.748
0,34
5.100,00
84.150
5.613
41.832
Ald. Altas
68º
94.505
0,25
4.232,60
38.806
12.454
40.155
D.Bacelar
198º
25.795
0,07
2.409,82
5.269
2.549
17.534
Af. Cunha
210º
18.595
0,05
3.187,31
6.291
1.390
10.580












PIB per capita (por cabeça) de Coelho Neto

Renda Per capita = resultado do dinheiro do Município dividido pela quantidade de habitantes.

Aqui os resultados referem-se à Renda por cabeça, ou seja: por cada pessoa. Com esses demonstrativos chegamos à conclusão de que houve uma grande desconcentração da riqueza em relação a Coelho Neto. Mesmo sendo negativos, os dados são importantes para que futuras ações sejam implantadas, urgentemente.

Em sendo o PIB a soma do valor monetário final dos bens e dos serviços que foram produzidos em um determinado município, conforme nosso tema aqui em análise, concluímos nosso ponto de vista lamentando a atual situação econômica de Coelho Neto. Lamentamos porque Coelho Neto já esteve entre as 10 cidades mais ricas do Maranhão. E esses resultados negativos (de 1998 a 2008) são reflexos de erros gravíssimos na área da Agropecuária, dos Serviços e da Indústria de Coelho Neto, cometidos nesses últimos 10 anos.

A situação é tão crítica que Coelho Neto, dentre os municípios circunvizinhos, fica atrás de Afonso Cunha e a frente apenas de Duque Bacelar.

Os atuais resultados, por si só, indicam que no campo econômico Coelho Neto, em 153o lugar, desceu voando para as últimas posições no ranking maranhense do PIB Per capita por município. Coelho Neto, economicamente, foi parar num posto jamais imaginado. Perdendo para Buriti, Aldeias Altas e Afonso Cunha. Superando apenas Duque Bacelar. Comprovamos no quadro abaixo:

RANKING DO PIB PER CAPITA

Tabela 6 – Ranking do PIB per capita, PIB a preço de mercado corrente, percentual de participação no PIB, população e valores agregados a preços correntes. Ano de 2008.

Maranhão

6.103,66
100%
6.305.539
7.682.048
5.838.417
21.099.488


PIB per
% do
popula
VA
VA
VA
municípios
no
Capita R$
PIB
ção
Agropec mil R$
Industria mil R$
Serviços mil R$
Anapurus
28º
6.026,87
0,20
12.990
47.793
3.524
26.151
Buriti
44º
5.100,00
0,34
26.029
84.150
5.613
41.832
Caxias
48º
5.009,33
1,92
147.416
37.462
172.050
422.765
Mata Roma
56º
4.487,97
0,17
14.252
33.951
3.561
25.646
Brejo
61º
4.318,03
0,36
32.018
65.786
8.152
61.967
Chapadinha
62º
4.265,66
0,77
69.734
117.611
19.454
152.901
Ald.Altas
63º
4.232,60
0,25
22.328
38.806
12.454
40.155
Timon
90º
3.823,11
1,48
148.804
22.363
74.392
423.449
Af. Cunha
138º
3.187,31
0,05
5.834
6.291
1.390
10.580
C. Neto
153º
3.045,08
0,36
45.343
30.68
14.412
88.259
D. Bacelar
203º
2.409,82
0,07
10.704
5.269
2.549
17.534














Neste nosso estudo, usando a ANÁLISE ESTATÍSTICA por área econômica, alguns resultados são importantes.  Vejamos:

Agropecuária

Variações nominais positivas de 2008, em relação ano anterior:
Aldeias Altas (3º): O município apresentou aumento na produção de cana-de-açúcar de 13.095 t em2007 para 462.085 t em 2008. Apresentou mudança no ranking de 141º para 58º posto.

Indústria

Variações nominais positivas de 2008 ,em relação ano anterior:
Aldeias Altas (2º): O aumento na participação em relação ao VA da Indústria do Estado foi originado através da atividade econômica Indústria de Transformação. O município apresentou aumento na produção de cana-de-açúcar de 13.095 t em 2007 para 462.085 t em 2008. Reativação da Usina de Açúcar e Álcool e Biodiesel. Mudança de Posto de 73º para 37º em 2008.

As maiores variações nominais negativas de 2008, em relação ano anterior:
Coelho Neto (4º) A redução na participação em relação ao VA da Indústria do Estado foi originado através da atividade econômica Indústria de Transformação (Paralisação da Usina de Açúcar e Álcool). Mudança de Posto de 21º para 32º.

Impostos

Variações nominais positivas 2008, em relação ano anterior: Aldeias Altas (2º)
As maiores variações nominais negativas de 2008 em relação ano anterior:
·         Coelho Neto (3º): Mudança de Posto de 23º em 2007 para 30º em 2008.

Uffa!!!  É preciso melhorar!

Falar os nomes dos culpados por esses negativos indicadores econômicos será masoquismo e, mais ainda, relembrar momentos ruins do nosso município.  Certo mesmo é que a atual situação econômica de Coelho Neto, coloca a cidade como uma grande dependente do estado, tendo em vista aos aportes financeiros necessários para as áreas da saúde, da Educação, da Assistência Social, da Segurança pública e etc, que não recebem grandes participações financeiras locais devido à gravíssima queda na arrecadação do município; que deveriam vir, principalmente, dos impostos pagos por conta dos serviços executados pelos empreendimentos industriais desta capital mundial do Bambu.
 
E só lamentar não basta para recolocar Coelho Neto entre as 10 cidades mais ricas do Maranhão, posto por ela já ocupado no passado.  Como tudo na vida é em mão dupla, temos a certeza de que os próximos estudos econômicos sobre Coelho Neto serão imensamente maravilhosos. Para confirmarmos esta certeza basta analisarmos os bons resultados (positivos) conseguidos nos últimos meses na Saúde, na Educação, na Assistência social e em várias outras áreas da gestão pública municipal.  Não é tudo. Falta ainda muito mais. Mas agora, um novo aparelho gestor municipal, começa a mostrar que com boas intenções, com bons projetos e com grandes parcerias conseguiremos alcançar as primeiras posições em desenvolvimento no estado.

Com certeza chegaremos lá!

Fonte:  IMESC

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Educação brasileira, cada vez melhor.

.......Muita coisa mudou, e para melhor, apesar dos vários desafios que ainda existem para que todos os brasileiros tenham acesso à educação de qualidade.
Vejamos um exemplo de melhoria?  Em 1997, sete de cada 100 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos estavam fora das salas de aula. Em 2009, o número caiu para duas crianças a cada 100. A informação é do estudo divulgado em novembro deste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Informações referentes ao ano de 2010 ainda não estão fechadas, mas os especialistas apostam em mais melhorias.

“No entanto, mesmo com o aumento do número de matrículas, ainda existem cerca de 500 mil meninos e meninas de 7 a 14 anos sem freqüentar a escola. Assim, a universalização da educação básica – quer dizer, todos na escola - ainda é um sonho. Um sonho que você, seguidor/cidadão comum, pode ajudar a transformar em realidade. Olhe para a vizinhança, preste atenção nos meninos e meninas, pesquise, pergunte. Se descobrir alguma criança fora da sala de aula, tente conversar com os pais ou responsáveis. Se ainda assim ela continuar sem freqüentar a escola, aí o jeito é procurar o Conselho Tutelar, órgão encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos de meninos e meninas, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. Você também pode denunciar o caso ao Ministério Público. A educação é um direito da criança e do adolescente, e uma obrigação do Estado e da sociedade”.
“De acordo com estudo do IPEA, o tempo médio de escolaridade no Brasil subiu para 7 anos e meio em 2009. Treze anos atrás, em 1997, cada brasileiro ficava menos de 6 anos na escola. Apesar da melhoria geral, as desigualdades continuam. A região Sudeste foi a única que conseguiu alcançar o tempo mínimo previsto na Constituição, que é de 8 anos (1). As diferenças também aparecem quando se compara cor ou população urbana com rural. Quem vive na cidade tem quase 9 anos de estudo. Já o tempo de escola de quem mora na área rural não chega a 4 anos. Além disso, os negros têm quase dois anos a menos de escolaridade que os brancos”.

...........Para evitar o abandono da escola, é preciso a união de todos: pais, professores, prefeito, dirigente educacional, comunidade. Se você é professor, pode procurar sempre dar aulas criativas. De preferência, que tenham a ver com a realidade do estudante. E nunca deixe de acreditar na capacidade de aprender de cada aluno, afinal, cada criança tem seu ritmo. Agora, se você conhece alguém que saiu da escola antes da hora, lembre-se e motive-o: sempre é tempo de voltar, de continuar os estudos.
“Mudanças feitas na Constituição Federal em 2009 obrigam o Estado a ampliar o acesso à educação básica - da pré-escola ao ensino médio. Antes, o dever do Estado era ofertar apenas o ensino fundamental. Agora as crianças deverão ser matriculadas aos 4 anos de idade e permanecer na escola, pelo menos, até os 17. O prazo final para que as alterações entrem em vigor em todo o País é 2016. Assim, em 2016, os anos de permanência na escola vão subir de 8 para 14”.
........Você que é professor de escola pública e ainda não tem a formação mínima exigida por lei, fique atento: até o dia 15 de dezembro estão abertas as pré-inscrições para formação inicial de professores que atuam na educação básica. Para o primeiro semestre de 2011, serão oferecidas 40 mil vagas em cursos de licenciatura presenciais e 7 mil a distância. Para participar, você precisa estar cadastrado no Educacenso 2009 e na Plataforma Freire. O endereço da Plataforma é http://freire.mec.gov.br/. Lá, além de fazer um cadastro, você encontra diversas informações sobre os cursos. As instituições de ensino superior realizarão os processos seletivos a partir do dia 24 de janeiro.
“Todo professor deve ter nível superior em cursos de licenciatura para a matéria que leciona. Só de quem atua na educação infantil ou nos anos iniciais do ensino fundamental é exigido apenas o nível médio, na modalidade normal/magistério. São exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a LDB.   Muitos brasileiros não aprenderam a ler e escrever. Em 2009, havia 14 milhões de analfabetos no País, conforme estudo do Ipea divulgado em novembro deste ano. O mesmo estudo revela, também, redução da taxa de analfabetismo, desde a década de 90, principalmente no Nordeste. Em 1997, 29 de cada 100 nordestinos não sabiam ler e escrever; no ano passado, o número baixou para 19. No entanto, a região ainda concentra mais da metade da população analfabeta do País. O estudo constatou também que o analfabetismo atinge principalmente as populações negras e pobres que vivem na zona rural. Pelo estudo do Ipea, o grau de analfabetismo é medido pelo número de pessoas com 15 anos ou mais que, segundo definição internacional, não sabem ler e escrever um bilhete simples”.
......Aos 8 anos, a criança deve saber ler e escrever. Caso contrário, toda a vida escolar dela pode ficar prejudicada. Uma das formas de saber qual o nível de alfabetização dos pequenos é a Provinha Brasil, um teste aplicado no início e fim do ano letivo para avaliar as habilidades de leitura e escrita de crianças de 6 a 8 anos de idade que estão no 2º ano ou 1º série do ensino fundamental.
......Uma das formas de reduzir o analfabetismo é cobrar, dos novos eleitos, ações para melhorar a educação. Com esse objetivo, instituições de diversos segmentos, entre elas, o UNICEF, elaboraram uma carta-compromisso. O documento foi entregue aos governantes e parlamentares que tomam posse no ano que vem. A carta relaciona as medidas necessárias para o avanço da educação no País, como, por exemplo, ter todos os meninos e meninas de 4 a 17 anos na escola até o ano de 2016, acabar com o analfabetismo e garantir que, até 2014, todas as crianças brasileiras com até os 8 anos de idade estejam alfabetizadas.
Consulta: Rádio pela Infância

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A “Coelho Neto do Ratinho”

Mais uma vez Coelho Neto é destaque na grande imprensa Estadual, Nacional e, agora também, na Internacional.
O vídeo mostrando as praticas de torturas para com uma Idosa de 83 anos, em Coelho Neto – MA, são tão fortes que nesses últimos três dias  ele (vídeo) foi o principal destaque nos principais veículos de comunicação do Brasil. Estamos falando da Band, SBT, Record,  Globo e etc., que destacaram o crime como pauta principal em suas programações. E continua sendo pauta dos principais programas das diversas emissoras de grande audiência do Brasil.  

Apesar de toda essa audiência negativa, ela também tem o seu lado positivo. Pois vem sugerir vários aspectos para o debate já: A assistência ao Idoso nos dias atuais; Acompanhamento e monitoramento dos responsáveis pelo Idoso seja no tocante ao convívio dele dentro do lar e, ainda, quando do emprego das suas verbas de auxílio recebidas (aposentadoria).

O crime praticado contra a Idosa revoltou a todos em nosso país. E não seríamos humanos se não repudiássemos tais práticas. 

As ações mostradas no vídeo são tão cruéis que até o CANAL UNIVISION, de Miami – Estados Unidos, através da sua produtora Zoia Gonzalez, nos contatou (Rádio e TV Sinal Verde) aqui em Coelho Neto fazendo uma matéria que foi exibida, via Univision, aos americanos. E uma coisa que me chamou a atenção quando do contato foi o tipo de tratamento dado pela produtora da TV Americana ao Caso. Ela, primeiramente, lamentou as cenas cruéis à senhora violentada. Parabenizou o aparelho de Segurança de Coelho Neto por ter feito o que delega a lei.  Disse ter certeza que aquilo não quer dizer que a população de Coelho Neto tem alguma culpa por tais barbaridades. Posicionou-se afirmando serem práticas de um caso isolado, e que servirá para reflexões a cada um de todos nós desse planeta. “Por isso, é que nós do CANAL UNIVISION – Miami – USA, nos posicionamos para mostrar o vídeo ao povo americano – comentou a produtora. Esse contato foi de grande felicidade para nós da Sinal Verde FM – Coelho Neto - MA, pois fomos muito bem tratados, seja como comunicadores ou, principalmente, por sermos residentes de uma Grande Cidade do Interior do Maranhão. Foi gratificante o intercâmbio.

Como tudo aqui na terra é em mão dupla, aproveitando a deixa (violência à Idosa) não demorou para aparecer um que descarregasse toda sua revolta ao nosso Nordeste brasileiro, especialmente a Coelho Neto; e por existir no Maranhão.  Coelho Neto do Maranhão, cidade e estado de grandes homens, seja na política, na literatura, no esporte, na Educação e no exercício da cidadania comum.  Falo agora do apresentador Ratinho, do SBT, que embalado na sua descomedida forma de apresentador abriu a boca em rede nacional, se questionando ao  apresentar o vídeo da idosa. “onde diabo é que fica mesmo essa cidade..... como?..... Coelho Neto, do Maranhão!.....só podia ser mesmo do Maranhão.... uma cidade pobre de um estado pobre do nordeste”.

Olhe Amigo, é “duído” ver tamanha barbaridade para com uma idosa de 83 anos. Mais, também, é muito revoltante ver e ouvir um apresentador (O Ratinho), em rede nacional, falar tanta besteira da nossa cidade Natal. A “Coelho Neto do Ratinho” só existe na mente dele.

Não sabendo ele que cometera uma grande injustiça para com a nossa cidade. Coelho Neto já foi muito pacata. Atualmente é muito acolhedora. Bem classificada, industrialmente; de Povo fraterno e trabalhador.  Nada que seja de acordo com a cidade no ponto de vista, erradamente, comentado pelo Ratinho. 

Na qualidade de um Filho de Coelho Neto, e em nome de todos os demais desta capital mundial do Bambu, peço que o apresentador use o seu programa e, com pedidos de desculpas aos Coelho-netenses e ao povo do Maranhão, se retrate a todos nós povo brasileiro, pelas besteiras faladas em seu espaço no SBT.

Coelho Neto significa muito para todos nós, para o Maranhão e para o resto do Brasil. E pedir desculpas é o mínimo que o apresentador pode fazer agora. E estamos aguardando a retratação.

É isso aí amigo, não são as besteiras do apresentar do SBT e nem as cruéis práticas à idosa de 83 anos que vão dizer como é nossa cidade. Coelho Neto é, infinitamente, muito melhor que isso. Coelho Neto significa Prosperidade para todos nós!

“Coelho Neto, teu nome reflete a potência que tem a nossa gente”

Ah, quando a fita da matéria, exibida no Canal UNIVISION – Miami = USA, chegar vou mandar uma cópia ao apresentador do SBT.

Justiça seja feita..................

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Racismo contra crianças

Educação é mais do que aprender a escrever, ler e contar.  É aprender a viver junto, a não se intimidar diante da opressão e encontrar na vida forças para enfrentar resistências.
“Em um mundo de diferenças, enxergue a igualdade”. Este o nome da campanha lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF), em parceria com o Ministério da Educação e com a Secretaria de políticas de promoção da Igualdade Racial (Seppir). Sua proposta é combater o racismo contra crianças negras e indígenas. Um dos objetivos é orientar os adultos como tratar o tema das diversidades com as crianças e evitar que o preconceito se estabeleça.

“Diante de uma situação de discriminação no cotidiano, muitos não sabem explicar de forma adequada a questão da diversidade para uma criança, seja branca, negra e indígena”, e nossa Responsabilidade como adulto é trabalhar para que a situação não se perpetue”. Explica a representante da UNICEF no Brasil, Helena Oliveira Silva.
Certo é entendermos que o preconceito ocupa uma dimensão “muito subjetiva” no dia a dia da criança, seja na escola ou em outros ambientes, e que pela vulnerabilidade da própria idade, causa muito mais impacto nestas crianças.  Outra preocupação é trabalhar para não deixar tornar-se banal a ação de preconceito à criança, pois sendo ela vítima tem o desenvolvimento da sua identidade afetado.
.........Para dizer a verdade, no Brasil, o termo ‘racismo' é usado na maioria das vezes em relação à discriminação contra as pessoas de acordo com a cor da pele delas. Sérgio Mendes lembra a seus leitores que a palavra não deveria ter apenas essa conotação:
“Já que tanto se batem pela questão do racismo contra os negros, poderiam, sensatamente, perceber que o inverso também o é. A palavra racismo não tem um componente “negro” no seu significado. Racismo é o preconceito que determinada raça ou etnia tem contra outra, independentemente se são brancos contra negros, negros contra brancos, portugueses contra espanhóis, paulistas contra nordestinos ou sérvios contra croatas: é racismo da mesma maneira, independente de qual parte parta”.
Como forma de contribuir para o enfrentamento no combate ao preconceito contra crianças, relacionamos abaixo dicas úteis para serem praticadas todos os dias. Vamos lá:


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Do Rio para o Mundo, um “Complexo de crime”.

Jamais um dia será igual aos demais.  E por isso vamos falar de domingo (28.11.10), ele um dia diferente dos outros.
Tudo conspirava para que nosso domingo não fosse monótono e só reservado às emoções do campeonato brasileiro – na sua reta final.  Alguma coisa estava para acontecer, e não demorou.
Pela primeira vez passei o dia todo na frente da TV, seguro por uma grande expectativa de ver o direito de ir e vir ser devolvido ao cidadão brasileiro, especialmente o carioca.
Toda a ação foi como esperávamos que fosse: O poder da nossa segurança se sobrepondo aos desejos dos marginais.  Tudo perfeito. Meus infinitos elogios aos idealizadores da retomada dos espaços do cidadão brasileiro.
Mesmo vibrando com o sucesso da operação no Rio de janeiro, um ponto de vista deve ser analisado:
Se a eleição ainda não estivesse acontecido, o Presidente lula, o governador e o Prefeito do Rio de Janeiro estariam dedicando os mesmos esforços para com a atual operação, já que naqueles morros estão domiciliados milhões de eleitores todos dependentes de ações dos grupos organizados?   Deixo para cada um fazer sua reflexão. 
De certo mesmo é que já há muito tempo devia ter sido feito essa operação. Mais nunca é tarde para buscarmos os acertos.
E por falar em buscar implantar, desenvolver e cultivar o exercício pleno da ação do aparelho gestor de segurança pública ao cidadão vai ser entregue oficialmente no próximo dia 14, em Brasília, em solenidade que contará com a presença da governadora Roseana Sarney (PMDB), do presidente Lula, da presidente eleita Dilma Roussef, do ministro Luiz Paulo Barreto (Justiça), e do secretário de Aluísio Mendes (Segurança), um super helicóptero ao governo do Maranhão.
Segue abaixo, via blog do Décio, a matéria sobre essa conquista do Maranhão para a segurança pública do nosso estado.
‘Tropa de Elite 3′: MA já tem super helicóptero

Laércio, Delcimar e Alcimário foram receber super helicóptero na Alemanha. Entrega oficial será em Brasília
O Maranhão já é a única unidade na América Latina a possuir o super helicoptro EC-145, que voa à noite, transporta até 12 policiais e alcança a velocidade de 300 km/h. Além do nosso Estado, somente a Alemanha, a Inglaterra e a França possuem equipamento igual. O Brasil, no caso o Maranhão, é o quarto local no mundo a operar a aeronave.
Adquirido na Alemana, o EC-145 desmbarga hoje no Porto de Santos e de lá segue para a fábrica de Helibrás, em Itajubá (MG). O super helicóptero vai ser entregue oficialmente no próximo dia 14, em Brasília, em solenidade que contará com a presença da governadora Roseana Sarney (PMDB), do presidente Lula, da presidente eleita Dilma Roussef, do ministro Luiz Paulo Barreto (Justiça), e do secretário de Aluísio Mendes (Segurança). Durante o evento, serão entregues outros helicóteros aos governos de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraná. Nenhum deles em a capacidade e o poderio do EC-145.
A aeronave foi recebeida oficialmente há duas semanas na Alemanha pelo comandante do GTA (Grupo Tático Aéreo), Laércio Costa, pelo piloto Delmcimar Oliveira e o major do Corpo de Bombeiros Alcimário. Foi adquirido junto à empresa Eurocopter, consórcio alemão-francês, por R$ 15 milhões. Os maranhenses foram levados a conhecer os grupamentos daqueles países que fazem operação com o EC-145. Pelo convênio, um piloto francês será enviado ao Maranhão e pasará 60 dias fazendo operações por aqui. Em contrapartida, um piloto maranhense passará 60 dias na Alemanha também passando suas experiência em outras aeronaves.
O convênio para a quisição do helicóptero foi feito ainda no governo Jackson Lago (PDT), no valor de R$ 7 milhões. O projeto se perdeu. O Ministério da Justiça chegou a depoistar os recursos na conta do Estado, mas a licitação nunca saiu do papel. Aluísio teve de apelar a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) para a retomada do acordo. Foi quando se fechou a compra do EC-145 por R$ 15 milhões. O Maranhão entrou com a metade e o Governo Federal com a outra metade.
Especificações
Uma das promessas de campanha da governadora Roseana Sarney, o EC-145 é um helicóptero de guerra. Tem toda a carenagem inferior à prova de balas e um potente farol de 1.000 watts. Faz resgate aeromédico e leva uma mini-UTI a bordo. Além de transportar 12 policiais armados e equipados, consegue resgatar 4 pessoas ao mesmo tempo. Tem gancho especial que em caso de incêndio consegue transportar até mil litros. Tem autonomia de voo de 3h40, o que daria para ir de São Luís e passar por Carolinha, no Sul do Estado, sem precisar abastecer.
“A aquisição desse equipamento é uma vitória da Segurnça Pública do Maranhão”, definiu Aluísio.


sábado, 27 de novembro de 2010

Recuo da fome no Brasil


O nosso ponto de vista, no tema anterior, foi uma feliz conclusão sobre a realidade das famílias nos dias atuais. Ali, cravamos a certeza da atual, e visível,  existência dos avanços positivos para com o exercício da atividade de professor em Coelho Neto.

Mesmo que o tema agora seja outro, a conclusão é a mesma e que vem ratificar aquela nossa reflexão: A qualidade de vida começa a melhorar. Vejamos:

O número de lares brasileiros que se encontrava em algum grau de insegurança alimentar caiu de 34,9 % para 30,2% entre 2004 e 2009, de acordo com a Pesquisa nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), sexta – feira. Porém, mais de 11 milhões de brasileiros ainda sofrem de insegurança alimentar grave.
A Pnad indica que, atualmente, 68,9% 58,6 milhões de domicílios particulares no Brasil estão em situação de segurança alimentar. São 40,9 milhões de residências com 126,2 milhões de pessoas que não tem problemas com a aquisição da comida.

Mais bens e serviços

Nesta meia década analisada pela Pnad (2004 - 2009), a proporção de domicílios com a posse de bens investigado aumentou, mesmo entre os domicílios em insegurança alimentar grave. Em 2004, 1,3% deles possuíam computador. Em 2009, eram 6%. O mesmo aconteceu em relação aos serviços. Os domicílios em situação de insegurança alimentar leve eram proporcionalmente atendidos pela rede coletora de saneamento sanitário (46,3%) do que aqueles em segurança alimentar (57,1%). Quando a insegurança alimentar era grave, o percentual de domicílios atendidos era ainda menor (32,0%). O aumento do acesso aos serviços também foi observados em todos os níveis da insegurança alimentar.

Zona Urbana e Rural

Houve queda da proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar, tanto na zona urbana (de 33,3% para 29,4%) quanto na zona rural (de 46,3% para 35,1%).
O crescimento da proporção de segurança alimentar para todas as grandes regiões aconteceu com mais intensidade nos domicílios onde existiam moradores com menos de 18 anos, especialmente no norte e nordeste.

Por isso, não custa nada refletir e acreditar que tudo vai melhorar.

Fonte: Brasília Confidencial

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Professor em Coelho Neto, de bem com a profissão!

Num final de semana recheado de decisões nos Estádios de futebol pelo Brasil, com acompanhamento via TV; e ainda com muitas ocorrências de violência armada na nossa zona Rural e aqui na cidade, resolvi abordar sobre o tema professor quando da sua atividade na escola, e extraclasse.
O meu ponto de vista aqui vem, primeiro, concordar com a educadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Tânia Zagury, quando ela afirma que “Professor brasileiro é mal remunerado, trabalha em condições precárias e tem autoestima baixa. Já faz parte do senso comum que esses fatores influenciam na baixa qualidade de ensino oferecido pelas Escolas brasileiras”. Mas, ao mesmo tempo, vou abrir um parêntese para incluir uma exceção: Em Coelho Neto o professor vem recebendo benefícios importantes para com o exercício da sua atividade. Melhorando a sua autoestima.

Aqui neste pedaço do Maranhão, por nome Coelho Neto - em homenagem ao grande escritor e prosador Maranhense Henrique Maximiliano Coelho Neto, já estamos há 39 anos. Tempo bem vivido o suficiente para sustentar/emitir um ponto de vista para com a atividade de professor nesta cidade. Me levando a acrescentar aos dados da educadora Tânia Zagury - quando afirma que “os professores não se vêem mais com olhos de confiança e esperança” -, que em nossa cidade o professor já apresenta uma autoestima bem elevada, pois já vem exercendo sua atividade em sala de aula bem mais equipada, aparelhada. Ou seja, bem próxima ao modelo ideal de sala de aula recomendado. Os professores estão recebendo, constantemente, treinamentos, viagens, intercâmbios e muita assistência do aparelho gestor municipal. E tudo isso vem contribuindo, sobremaneira, para que o professor de Coelho Neto seja, atualmente, um profissional mais qualificado, mais motivado, mais sorridente e o mais bem pago do País, consequentemente.

Posso está cometendo exageros, mais como “os teus traz me dizem de onde vens e, por isso, te revela como estás indo” é que me faz afirmar que o professor de Coelho Neto vem ocupado os primeiros lugares na corrida rumo à satisfação plena quando da arte de ensinar. É claro que ainda precisa melhorar.

Que me desculpe a minha sogra (que é professora), meus amigos professores, meus colegas professores e que freqüentam o rachão (futebol), às sextas-feiras, e aos demais professores de Coelho Neto, mais durante esses meus quase 40 anos de Coelho Neto, nunca vimos aqui uma classe profissional tão bem assistida como a de professor. Peço desculpas a todos pela citação às atuais condições de vidas dos profissionais da sala de aula, em Coelho Neto. Mas, vamos refletir? Se tudo isso não fosse verdade, como justificar o bem-viver dos professores desta cidade, já que todos estão em ótimas residências, quase todos já vão à escola em seus automotores, estão sempre presentes em grandes acontecimentos na cidade?

 A valorização dos indicadores (residência, veículos e bem-estar) dos professores superam, e muito, a média dos demais profissionais de Coelho Neto. Daí a minha conclusão ao afirmar que vem crescendo, e muito, a autoestima (e benefícios) do Professor em Coelho Neto, quando do exercício da sua atividade em sala de aula, e fora dela. Por tudo isso, meus parabéns a todos os professores.

Mesmo apontando avanços da categoria Professor, não custa nada refletir sobre a entrevista da educadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Tânia Zagury. Como, segue:

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Do Gazeta do Povo (PR) 20/10/2010

A educadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro
 (UFRJ), Tânia Zagury, falou sobre o assunto para uma platéia formada por mais de 2 mil professores e educadores.

Tânia Zagury, mestre em Educação.
O professor brasileiro é mal remunerado, trabalha em condições
precárias e tem autoestima baixa.  Já faz parte do senso comum que
esses fatores influenciam na baixa qualidade de ensino oferecido pelas
Escolas brasileiras.
A educadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  Tânia tem mais de 40 anos de experiência em sala de aula, é autora de diversos livros na área de Educação e, na sua publicação mais recente, O  Professor Refém, mostra o resultado de uma pesquisa realizada com 2 mil professores em 42 cidades brasileiras.
Uma das coisas que mais chamou a atenção da educadora é que os professores não se vêem mais com olhos de confiança e esperança.

 “Temos uma defasagem de pelo menos 25 anos para corrigir. Isso não
ocorre da noite para o dia. É preciso vontade política verdadeira para
mudar. É necessário separar a política partidária da Educação. Isso
vem acontecendo ano após ano. Chega de cada político querer colocar a
sua marca na Educação. É preciso dar continuidade naquilo que está
dando certo”, afirma. Leia abaixo trechos da entrevista concedida à
Gazeta do Povo.
 Em sua opinião, o trabalho do professor não pode sofrer influência externa?
Até certo ponto. Para fixar a base do trabalho sim. Considero que nenhuma outra profissão receba tanta interferência direta na maneira
de agir. De certa forma essa interferência mostra a falta de confiança
por parte da sociedade na capacidade do professor de trabalhar
adequadamente.

 As avaliações externas de verificação de qualidade, como o Ideb e Enem, seriam também um tipo de interferência?
Não. As avaliações externas foram o primeiro passo para se ter de fato
uma medida importante, para se tirar o pulso da Educação. Para
sabermos o quão doente ou saudável está nossa Educação e para onde
estamos caminhando.

Alguns governantes usam esses índices para premiar bons professores. Você concorda com a política de meritocracia?
 A meritocracia é importante em qualquer profissão. Um profissional que trabalha muito bem, que tem resultados maravilhosos e não é
reconhecido, vai paulatinamente ficando desestimulado. A meritocracia
é positiva porque estimula as pessoas a melhorar o seu desempenho. Mas ainda não é o momento para se colocar esta questão para o professor brasileiro.

Por quê?Porque se o ensino hoje está ruim é devido a uma série de medidas
equivocadas que foram tomadas ao longo das últimas quatro décadas. Se
há uma série de fatores externos atuando sobre a Escola que resultam
num ensino de má qualidade, não há lógica em premiar um professor que
se sai um pouco melhor. É preciso corrigir a base do problema da
Educação.

E qual seria esta base?
 

É formada por vários fatores. Estamos numa bola de neve. O professor
que atua em sala de aula foi mal formado desde a Educação básica. É um
ciclo vicioso. Além disso, a remuneração do professor foi caindo cada
vez mais. Ainda temos professor no Brasil que ganha R$ 300 por mês.
 A meritocracia será ideal quando todos os professores estiverem recebendo um salário decente. As empresas fazem isso e não é feio
aplicar na área de Educação. O problema é que a sociedade ainda
considera que o professor é quase que um sacerdote e trabalha por
amor. Mas ninguém alimenta seus filhos só com amor, é preciso ter
comida.

Muitos especialistas e o governo apontam que o gargalo da Educação brasileira está no ensino médio. É isso mesmo?
O nó da Educação está do 1.º ao 5.º ano do ensino fundamental. Nossos
alunos não estão dominando a leitura no 5.º ano. Apenas lendo de
maneira rudimentar. Se numa fábrica de carros, os carros saem e dão
problema, eles retornam para consertar. Na Escola isso não ocorre.

 Como você avalia o sistema de progressão continuada?
 
Como um fracasso. Neste estudo que fiz e mostro no livro, 95% eram
contra o sistema de ciclos com progressão continuada (que não admite
reprovação de alunos com baixo rendimento Escolar) porque não sabiam exatamente do que se tratava. Então como é que o gestor toma uma medida sem treinar o professor? A progressão continuada funcionou como aprovação automática. A assistência ao aluno com baixo rendimento nunca ocorreu.
Portanto, concordo com algumas colocações da professora, principalmente, quando ela afirma que a “prioridade” da “prioridade” está na correção das distorções do Ensino Fundamental.
No que se refere aos professores, situação, falta de apoio, baixos salários e baixa estima, é preciso compreender que a grande maioria dos atuais professores foi para a profissão por falta de opção em outras carreiras, sujeitando-se de pronto a receber um salário não condizente e sem vislumbrar um crescimento na profissão.
Assim, a vontade, a garra, o desejo de cumprir sua missão divide espaço com outras demandas, como melhorar o salário, plano de cargos e carreiras, diminuição do tempo de permanência em sala de aula e outras questões.
 Estou convencido, que precisamos, começando do zero, criar condições extremamente favoráveis para atrair novos personagens para o exercício do magistério:  atrair os melhores alunos do ensino médio para a profissão, premiar com bolsas e outros incentivos a permanência destes alunos nos programas de preparação; pensar em novas concepções para os cursos de pedagogia mais curtos e focados para o ensino na sala de aula (ensinar regra de três, vocabulário, fortalecer a leitura, o raciocínio dos alunos), submeter os professores a programas gratuitos e sólidos de atualização dos conhecimentos e meios adequados para o exercício da profissão (computadores, assinatura de boas
revistas técnicas, participação em seminários, gratificação pelo desenvolvimento de novas tecnologias).