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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Estudo definirá público para receber vacina contra dengue

 todos contra a dengue

Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa integra as medidas preparatórias para a introdução

O estudo é dividido em três partes, um inquérito soroepidemiológico, um de morbi-mortalidade e outro de imunidade celular. O inquérito soroepidemiológico será realizado em 63 cidades representativas das cinco regiões do país. O objetivo do inquérito é determinar o grau de imunidade da população à infecção pelo vírus da dengue. Serão coletadas cerca de mil amostras de sangue por cidade, na faixa etária de 1 a 20 anos. As amostras das outras faixas etárias serão obtidas na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O trabalho de morbi-mortalidade consiste em uma ampla revisão dos artigos e informações científicas sobre dengue no Brasil publicadas em periódicos nacionais e internacionais. 

A meta é coletar informações epidemiológicas para caracterizar a ocorrência, o perfil da transmissão de dengue no país, reunindo informações adicionais sobre grupos etários vulneráveis, taxas de letalidade e sorotipos circulantes. Já a pesquisa de imunidade celular será realizada em pessoas infectadas pelos sorotipos DENV 1, 2, 3 e 4. O objetivo é avaliar a resposta imunológica desses pacientes e o desenvolvimento dos casos graves da doença

Os trabalhos subsidiarão a elaboração de modelos matemáticos que servirão como ferramenta para apoiar o Ministério da Saúde na definição do público que receberá a vacina contra a dengue. Todo o estudo deve estar concluído em dois anos.

TESTES - A vacina brasileira contra a dengue, que já está em fase de testes em humanos, é desenvolvida pelo Instituto Butantan, com o apoio do Ministério da Saúde. A expectativa é que o imunobiológico seja administrado em uma única dose e combata os quatro sorotipos da doença (1, 2, 3 e 4) já identificados no mundo. A técnica utiliza o chamado vírus atenuado, isto é, o próprio vírus da dengue modificado, de maneira que produz anticorpos na população, mas não desenvolve a doença. A pesquisa pelo Instituto Butantan iniciou em 2006. No mundo estão sendo testadas sete vacinas. No Brasil, além do Butantan, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também está pesquisando uma nova vacina contra a dengue com apoio do Ministério da Saúde. Os estudos são realizados desde 2009, em parceria com o laboratório privado GSK. A previsão é que a vacina seja concluída no prazo de cinco anos.

INVESTIMENTOS - O Ministério da Saúde tem investido fortemente em políticas para o controle da dengue. Com o objetivo de intensificar as ações de vigilância e prevenção à doença, o Ministério está dobrando o volume de recursos adicionais. Ao todo, serão repassados a estados e municípios R$ 363,4 milhões.O recurso extra representa um acréscimo 110% em relação ao que foi transferido em 2012. No ano passado, foram repassados R$ 173,3 milhões. Em contrapartida, os municípios precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e realizar o LIRAa. Além desse valor adicional, os estados e municípios recebem anualmente recurso do Piso Fixo de Vigilância em Saúde, destinado a ações de prevenção não apenas à dengue como também a outras doenças, como malária, hanseníase, entre outras. Em 2013, o montante total do piso foi de R$ 1,2 bilhão. 

CUIDADOS - Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico. Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso  que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

120 médicos são capacitados em Manejo Clínico da Dengue

 manejo clínico da dengue

A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Secretaria-Adjunta de Vigilância em Saúde, promove a capacitação de 120 médicos em Manejo Clínico da Dengue, da Região Metropolitana de São Luís e das Unidades Regionais de Saúde. No total, a SES capacitará profissionais médicos de 33 municípios prioritários, das 18 Unidades Regionais de Saúde (URS). 
 A Capacitação em Manejo Clínico da Dengue começou, nesta terça-feira (10), para os médicos da Região Metropolitana de São Luís e prossegue, nesta quarta-feira (11), no Hotel Holliday Inn - São Francisco.
Para a coordenadora da Rede de Serviços da SES/MA, Socorro Bispo, "a capacitação busca a melhoria da assistência médica e a redução da taxa de letalidade das formas graves da dengue", disse Bispo. Participam do treinamento médicos que prestam assistência aos pacientes dessa doença nas unidades básicas de saúde e em unidades de referência.
 O Maranhão registrou, em 2013, 11 óbitos confirmados de dengue nos municípios de Buriticupu (1), São João dos Patos (2), São Luís (4), São Bernardo (1), Feira Nova do Maranhão (1), Paraibano (1) e Raposa (1). Dois óbitos continuam em investigação nas cidades de São José de Ribamar e Itapecuru-Mirim.
 A superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Maria das Graças Lírio Leite, orienta que o atendimento ao paciente com suspeita de dengue deve considerar os variados sinais e sintomas, pois a doença é dinâmica.
"Já a identificação dos casos de dengue depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do acompanhamento contínuo do paciente, da ampliação de profissionais treinados, entre outras medidas", alerta o médico infectologista Leônidas Caldas, responsável pelo treinamento em Manejo Clínico da Dengue.
Outro aspecto importante, segundo o infectologista, é a disseminação do conhecimento dos treinamentos, de forma que todos tenham informação adequada para atender um paciente com dengue ou paciente com dengue grave.

BOX
Caso suspeito
Considera-se caso suspeito de dengue todo paciente que apresente doença febril aguda, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos sinais ou sintomas como cefaléia, prostração ou exantema (erupção cutânea), associados ou não à presença de sangramentos ou hemorragias.

NOTIFICAÇÃO DE DENGUE POR REGIONAL


Ord
Regionais
Casos 2013
Incidência 2013
01
São Luís
1.265
93,7
02
Imperatriz
393
79,7
03
Barra do Corda
372
170,5
04
Balsas
331
141,0
05
Santa Inês
228
60,7
06
São João dos Patos
221
94,3
07
Pinheiro
204
54,1
08
Zé Doca
173
61,6
09
Itapecuru-Mirim
172
49,1
10
Presidente Dutra
166
59,5
11
Açailândia
161
58,8
12
Pedreiras
147
69,1
13
Caxias
140
48,4
14
Rosário
107
39,0
15
Timon
77
32,7
16
Chapadinha
71
20,0
17
Codó
31
10,5
18
Bacabal
26
10,0
19
Viana
21
8,2
TOTAL
4.306
64,7