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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Em Redenção, no PA, falso olheiro desaparece com jovem de 15 anos

Em Redenção, no PA, falso olheiro desaparece com jovem de 15 anos

Homem disse à família de adolescente que o levaria para clube de Belém.
Polícia do município acompanha o caso.

Em Redenção, no sudeste paraense, a família de um adolescente de 15 anos denuncia que ele foi levado do município por um homem que se apresentou como olheiro de um time de futebol e empresário.
Segundo a mãe, Adriana da Cruz, João jogava bola com outros colegas em um campo da cidade quando foi visto pelo homem pela primeira vez. No dia seguinte, ele teria passado a ir insistentemente na casa do jovem.

"Todas as vezes que ele vinha, vinha falando 'A senhora não quer um futuro para teu filho? A senhora pensa bem porque eu tô fazendo o bem para a senhora e teu filho. Ele pode se tornar um jogador famoso'. Aí mostrou o escritório, as empresas, os logotipos das empresas onde dizia que trabalhava, aqui os papeis, os contratos do Paysandu, em Belém'. E ainda disse 'Não é só o teu menino que vai comigo não; vão mais três'", contou.

Depois de conseguir a confiança e a permissão para viajar com João para Belém, onde supostamente o garoto faria um teste para o Paysandu, o homem não teria mais entrado em contato com a família.
Desesperada, a mãe registrou um boletim de ocorrência. Ela conta ainda que conseguiu falar algumas vezes com o filho, e que durante as conversas, o adolescente teria deixado transparecer nervosismo e medo na voz. Cada vez que consegue ligar para o garoto, ele está em um estado diferente do país.

"Assim como meu filho me liga desesperado, ele fala: 'Mãe, não dá para mim falar. Mãe, eu tô bem. Eu quero ir embora'. E eu digo 'Procura a polícia, foge desse homem'. 'Mãe, ele promoteu fazer uma coisa muito feia se eu fugir dele, eu não posso fugir dele', confidencia

A polícia abriu inquérito para investigar o caso. O delegado faz um alerta aos pais.

"Qualquer assédio, principalmente no que tange à área de futebol, que os familiares possam checar a origem dos olheiros, dos diretores ou encarregados que estejam tentando fazer este tipo de transação", orienta o delegado Antônio de Miranda.
Emocionada, a mãe faz um apelo. "Meu apelo é, meu filho, onde quer que ele esteja, que ele arrume um jeito de fugir desse homem. Se ele está vivendo ameaçado, as autoridades estão informadas. Imagine o que é uma mãe que há um ano não dorme direito que perdeu a alegria pela vida".

Em Belém, a  assessoria de imprensa do Paysandu esclareceu que não tem olheiro, sendo a seleção em outras cidades feita pelas categorias de base, e que não conhece o homem citado na reportagem.