Em 2003, o ajudante de pedreiro Heberson
Oliveira foi acusado de entrar numa casa na periferia de Manaus e estuprar uma
criança no quintal. Ele foi para a cadeia, onde aguardou julgamento por três
anos jurando inocência. O rapaz sem antecedentes criminais assistiu a
rebeliões, entrou em depressão, foi abusado e contraiu o vírus HIV.
Até que uma defensora
pública mostrou que não havia provas suficientes. O juiz concedeu a
liberdade. Mas Heberson nunca mais seria um homem livre. 7 anos após a
absolvição, ele segue desempregado pelo preconceito. Hoje cata latinhas nas
ruas e consume drogas. “Eu morri quando me fizeram pagar pelo que não fiz”, diz
Heberson aos 32 anos, que não toma o coquetel contra a Aids.
Heberson não entrou
com um pedido de indenização contra o Estado. Perdeu a fé na Justiça e nenhum
dinheiro amenizaria sua dor. Tudo o que ele quer é uma casa para os filhos e um
emprego que lhe devolva a dignidade. Heberson está livre da cadeia, mas preso
ao passado.
*Relatório da ONU mostrou que, dos 550 mil presos
no Brasil, 217 mil aguardam julgamento. Por lei, eles não poderiam ficar mais de 120
dias na cadeia, mas passam meses ou anos, sem que um juiz determine a culpa ou
a inocência.
Se você ficou indignado com essa história, participe acessando o
link (AQUI)
e contribua para buscar reparação aos direitos do Heberson
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