Em tudo que a gente faz, o futebol vem primeiro. Ele é o mais importante, é aquilo que levamos para uma ilha deserta.
O futebol é um jogo, antes de ser um produto. É um esporte, antes de ser um mercado. Um espetáculo, antes de ser um negócio. Mas em segundo lugar vem todo o resto. Vem o mundo dos profissionais. Dos apostadores e banqueiros. Dos magos do marketing, dos anunciantes e dos anunciados. O espaço dos que compram e vendem imagens, dos que pintam e bordam. Da imprensa. Da Tv. Vêm, ainda, os muitos homens e (poucas) mulheres ricos e influentes, que constroem suas carreiras ao derredor (ao redor) dos gramados.
Para entender o futebol de hoje, para saber como as regras têm sido estabelecidas (e fraudadas), como os jogadores têm mudado de clubes e como o dinheiro gerado por eles têm mudado de bolso você precisa conhecer esses caras (a seguir).
E como o talento, o dinheiro e mutretas deles vêm fazendo o futebol como ele é.
Vamos conhecer 06 desses 44 nomes:
1o – SHEIKH TAMIM bin Hamad al-Thani (Catar) – 31 anos.
Príncipe herdeiro do Catar = Dono do PSG/Qatar Foundation
Príncipe de Paris
Nunca o nome do estádio do Paris Saint-Germain pareceu tão adequado. Afinal, desde que o Shikh Tamin bin Hamad al-Thani, herdeiro do trono do Catar, virou dono do clube, nada mais natural do que o time atuar em casa, no Parque dos Príncipes.
4o - DON GARBER (Estados unidos)
Presidente da Major League Soccer
Revolução Americana
Ele passou 16 dos seus 54 anos trabalhando na Liga de Futebol Americano(NFL), até que, em 1999, assumiu a presidência da MLS e, desde então, tem feito uma revolução no futebol com os pés, na terra do futebol com as mãos.
“Mas, para ele, foi a criação da regra do “jogador designado”, a chamada “Lei Beckham”, abrindo, em 2011, a chance de trazer jogadores internacionais pagando salários condizentes com o mercado que mudou tudo: “Os estádios ficaram lotados, as audiências na TV mais que dobraram e, enfim, obtivemos uma resposta significativa no aspecto esportivo”.
11o – STAN KROENKE (EUA)
Dono do Arsenal = Dono de franquias americanas
Arsenal para sempre
Numa série de operações de compras de parte das ações, que começou em 2007 e só terminou em 2011, ele se tornou o acionista majoritário do Arsenal, em um acordo que valorizou o clube em mais de 1 bilhão de euros. Segundo a revista Forbes, sua fortuna é de US$ 6 bilhões de dólares.
17o – MARK PARKER (EUA)
CEO da NIKE
Desejos e Vitórias
Responsável por 38% do mercado mundial de calçados esportivos, a NIKE é, segundo a Forbes, a marca esportiva mais valiosa do mundo atualmente. A empresa americana vale US$ 15 bilhões. Se antes ela produzia tênis, hoje a NIKE vai além dos calçados: ela fabrica desejos e sentimento de vitória. A rival direta dos americanos é a alemã Adidas, terceira no ranking da Forbes, com valor de marca que ultrapassa os US$ 5 bilhões. A estratégia das duas é patrocinar clubes de grande visibilidade, mesmo que eles sejam poucos em cada torneio de futebol. No Brasil, a NIKE patrocina só o Corinthians, segundo clube mais popular do país: a Adidas fica apenas com Palmeiras e Fluminense.
18o – JORGE MENDES (Portugal) – 45 anos
Empresário: Responsável pelos maiores jogadores do futebol mundial
Todos querem ele
Um agente que cuida da carreira de jogadores avaliados em amis de 405 milhões de euros, de José Mourinho, um dos técnicos mais cobiçados do futebol mundial, que é amigo do presidente do Barcelona, mas negocia Cristiano Ronaldo com o Real Madrid, tem livre entrada nos rivais Juventus e Inter de Milão, e, ao fim de tudo, ainda ganha o prêmio de empresário do ano, dado pelos clubes e por seus concorrentes no mercado. Esse é o Lisboeta Jorge Mendes.
29o – J. HAWILLA (BRASIL)
Jornalista e empresário = Dono da Traffic
O Multitarefas
Nos anos 1970, José Hawilla (ou jota Hawilla, como prefere ser chamado) ganhava a vida entrevistando jogadores na saída dos gramados. Hoje, é reconhecido como o principal empresário do futebol brasileiro e, no comando de sua empresa, a Traffic, é um dos homens mais poderosos do esporte (ainda que rejeite veementemente o título), faturando algo como R$ 500 milhões (de reais) por ano. De uma empresa de publicidade em pontos de ônibus fundada em 1980, a Traffic é hoje um império do setor esportivo. Os negócios incluem a administração dos direitos de TV e patrocínio de 15 torneios de futebol (como Copa América e Libertadores); a administração de direitos econômicos (passe) e de publicidade de 90 jogadores (Alan e Conca, ex-Flu, Hernanes e Fernandinho, do São Paulo, entre outros); uma academia de futebol para menores carentes; a produtora de conteúdos para mídia TV7; a gerência de clubes no país (o seu próprio, Desportivo Brasil) e no exterior (Miami F.C, nos EUA, e Estoril, em Portugal; além de várias emissoras de Tvs no Brasil.
Portanto, você conheceu aí 06 (um resumo) dos 44 homens que mandam no futebol mundial. O restante da lista, na revista FUT!
Por Celso Miranda e Julia Affonso (revista FUT!)
