Tenho lido inúmeras postagens sobre a polêmica entrevista do deputado Jair Bolsonaro ao programa CQC. Grande parte dos textos referem-se à resposta enviesada que o deputado deu à cantora Preta Gil. Para essa resposta, Bolsonaro tem justificado que não entendeu a pergunta, que estava só sendo preconceituoso (parece piada não!?) e não racista. Pode ser verdade, mas em um outro momento da entrevista, que não vi ser muito explorado até o momento, o deputado revela-se racista ou então demonstra uma capacidade intelectual e argumentativa bastante reduzida.
Quando perguntado sobre os motivos de sua oposição às cotas raciais, Bolsonaro responde argumentando que todos são iguais perante a lei e completa dizendo que não entraria em um avião pilotado por um cotista e que nem aceitaria ser operado por um médico cotista.
Pois bem, essa argumentação simplista do deputado, por um ângulo, revela sua postura racista, alguém que supõe que os negros só não estão na faculdade por terem menor capacidade intelectual do que brancos, já que OS IGUAIS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (*). Ou seja, para Bolsonaro, a única barreira entre os negros e os cursos superiores é o vestibular. Assim as cotas raciais só serviriam para incluir nas faculdades aqueles que não tem intelecto suficiente para a aprovação nas provas do vestibular. Considerando este ângulo da argumentação do deputado é possível concluir que ele acredita que todas as dificuldades enfrentadas pelos negros na sociedade brasileira se devam unicamente às suas próprias incapacidades.
Por outro ângulo, a fala de Jair Bolsonaro pode nos levar a concluir que é ele próprio que apresenta dificuldades de discernimento e/ou precário pensamento lógico. Quando diz que não entraria em um avião pilotado por um cotista e não aceitaria ser operado por um médico cotista, está revelando não entender a política de cotas e joga todo o peso da formação de um profissional superior, nas provas de ingresso no curso. Seguindo o pensamento lógico deste Jair Bolsonaro, as faculdades de medicina poderiam ser fechadas e para clinicar bastaria passar no vestibular. O deputado não teria entendido que cota racial é uma forma de amenizar o prejuízo causado por séculos de exclusão que a população negra tem sofrido neste país. Ele não sabe que o sistema de cotas funciona somente para o ingresso nos cursos superiores e que a partir deste ponto não existe regras de cotas para as avaliações do desempenho de estudantes negros ou brancos.
Por fim, podemos chegar a duas conclusões a partir da análise dessa entrevista do deputado federal Jair Bolsonaro. Primeira conclusão é que, independentemente de qual seja o verdadeiro Jair Bolsonaro, pensamentos e posturas como as dele devem ser combatidas e confrontadas com clareza, tranquilidade e forte argumentação para que não prosperem ainda mais na sociedade brasileira. E a segunda conclusão é que não podemos aceitar que temas fundamentais para a sociedade brasileira continuem sendo abordados e debatidos de forma tão simplista e superficial como a que foi adotada por este deputado federal que, por incrível que pareça, já está em sua sexta legislatura.
Quando perguntado sobre os motivos de sua oposição às cotas raciais, Bolsonaro responde argumentando que todos são iguais perante a lei e completa dizendo que não entraria em um avião pilotado por um cotista e que nem aceitaria ser operado por um médico cotista.
Pois bem, essa argumentação simplista do deputado, por um ângulo, revela sua postura racista, alguém que supõe que os negros só não estão na faculdade por terem menor capacidade intelectual do que brancos, já que OS IGUAIS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (*). Ou seja, para Bolsonaro, a única barreira entre os negros e os cursos superiores é o vestibular. Assim as cotas raciais só serviriam para incluir nas faculdades aqueles que não tem intelecto suficiente para a aprovação nas provas do vestibular. Considerando este ângulo da argumentação do deputado é possível concluir que ele acredita que todas as dificuldades enfrentadas pelos negros na sociedade brasileira se devam unicamente às suas próprias incapacidades.
Por outro ângulo, a fala de Jair Bolsonaro pode nos levar a concluir que é ele próprio que apresenta dificuldades de discernimento e/ou precário pensamento lógico. Quando diz que não entraria em um avião pilotado por um cotista e não aceitaria ser operado por um médico cotista, está revelando não entender a política de cotas e joga todo o peso da formação de um profissional superior, nas provas de ingresso no curso. Seguindo o pensamento lógico deste Jair Bolsonaro, as faculdades de medicina poderiam ser fechadas e para clinicar bastaria passar no vestibular. O deputado não teria entendido que cota racial é uma forma de amenizar o prejuízo causado por séculos de exclusão que a população negra tem sofrido neste país. Ele não sabe que o sistema de cotas funciona somente para o ingresso nos cursos superiores e que a partir deste ponto não existe regras de cotas para as avaliações do desempenho de estudantes negros ou brancos.
Por fim, podemos chegar a duas conclusões a partir da análise dessa entrevista do deputado federal Jair Bolsonaro. Primeira conclusão é que, independentemente de qual seja o verdadeiro Jair Bolsonaro, pensamentos e posturas como as dele devem ser combatidas e confrontadas com clareza, tranquilidade e forte argumentação para que não prosperem ainda mais na sociedade brasileira. E a segunda conclusão é que não podemos aceitar que temas fundamentais para a sociedade brasileira continuem sendo abordados e debatidos de forma tão simplista e superficial como a que foi adotada por este deputado federal que, por incrível que pareça, já está em sua sexta legislatura.
...... (*) Não concordo que todos são iguais perante a lei.
Para mim, o correto é: "SOMENTE OS IGUAIS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI" - Raymundo José
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