O crescimento vertiginoso da frota de veículos nos grandes centros urbanos começa a demonstrar seus efeitos negativos nos conglomerados populacionais. Na paisagem violenta resultante da expansão não programada da frota veicular, a MOTOCICLETA lidera todas as ocorrências registradas pelas estatísticas de alta letalidade dos últimos tempos no País. Entre 1998 3e 2008, os acidentes, com mortes, envolvendo as MOTOS, registraram aumento de 754%.
Os pedestres continuam sendo as maiores vítimas do trânsito, revelando as falhas existentes na formação de guiadores, na condução de veículos e no desrespeito à vida humana. Apesar dos avanços contidos no Código do Trânsito Brasileiro, na prática, seus postulados são ignorados. As consequências se revelam nos conflitos de trânsito, cujo maior número de vítimas se concentra entre os guiadores de MOTOS, os mais afoitos na disputa pelo espaço urbano.
Somente em 2008, os atropelamentos provocaram 9.474 baixas levantadas com base nas certidões de óbitos recolhidas no País. Os MOTOCICLISTAS, com 8.939 óbitos, ficaram em segundo lugar, O terceiro foi ocupado por guiadores e passageiros de carros particulares, com 8.120 acidentes fatais. Em 1998, a frota de motos, bem reduzida, era responsável apenas por 3,4% dos óbitos. Depois de Dez anos, ela evoluiu para 23,4%. A disputa do sistema viário encontra-se na raiz dos choques geradores dos acidentes envolvendo MOTOQUEIROS.
Entre 1998 e 2008, a frota nacional de veículos aumentou 87,9%, alcançando 32,1 milhões de automóveis. No mesmo período, o número de motocicletas aumentou 368,8%. E o de vítimas de acidentes de motos, 753,8%, numa clara evidência do despreparo dos guiadores dos variados tipos de veículos, principalmente os de MOTOS.
Em breve, por conta do aumento do poder de compra da população brasileira, as MOTOS dominarão o trânsito.
É tempo de se repensar o sistema viário. Principalmente, quando da habilitação de guiadores sem o compromisso para com a prevenção e manutenção da vida.
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