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A disputa pelo comando do maior banco brasileiro já transbordou as fronteiras da instituição; é um jogo pesado, que envolve bilhões e disparos contra Guido Mantega, Ricardo Flores, Sérgio Rosa e Aldemir Bendine, entre outros generais; a presidente Dilma pode se ver forçada a intervir
Por Leonardo Attuch (247)
O Banco do Brasil está em guerra. E os disparos, cada vez mais frequentes, podem causar estragos significativos ao governo da presidente Dilma Rousseff. Até algumas semanas atrás, tratava-se de uma guerra surda entre alas rivais. Hoje, a disputa começa a transbordar para a imprensa e a ganhar também contornos policiais. Na sexta-feira passada, a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, decidiu retaliar o governo Dilma em razão de mudanças internas promovidas pela instituição – peças indicadas por Maia foram afastadas pelo presidente Aldemir Bendine, conhecido como Dida, numa troca recente de 13 diretores (leia mais aqui). Também no Painel da Folha, informou-se que a demissão do vice-presidente Allan Toledo, noticiada em primeira mão pelo 247 (leia mais aqui), teria sido motivada também por movimentações atípicas detectadas pelo Coaf, órgão do ministério da Fazenda que investiga lavagem de dinheiro. Ainda no Painel, fechava-se com a informação de que toda essa confusão teria como objetivo derrubar o presidente Bendine do comando do banco. E o principal interessado seria ninguém menos que Ricardo Flores, presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB e também maior acionista do banco. Em resumo, uma guerra atômica.
A disputa no Banco do Brasil, no entanto, é bem mais complexa e remonta à transição do governo Lula para o governo Dilma. Naquele momento, o executivo Sérgio Rosa, ligado ao sindicato dos bancários de São Paulo, na turma de Ricardo Berzoini, Luiz Gushiken e João Vaccari, estava concluindo seu segundo mandato à frente da Previ. Sonhava assumir a presidência do Banco do Brasil, no lugar de Bendine. E foi justamente no final de 2010 que começaram a circular dossiês apócrifos contra a atual administração do Banco do Brasil. Contra Aldemir Bendine, dizia-se que ele havia adquirido um imóvel no interior de São Paulo pagando em espécie. E contra Paulo Caffarelli, um dos vice-presidentes mais fortes da instituição, que ele encaminhava pedidos de Marina Mantega, filha do ministro da Fazenda, dentro da instituição.
Esses dossiês fizeram com que Mantega se fechasse ainda mais com o grupo de Bendine e Caffarelli. Sérgio Rosa não conseguiu ser presidente do Banco do Brasil nem fazer seu sucessor na Previ. Ganhou como prêmio de consolação a presidência da Brasilprev, a empresa de planos de previdência do Banco do Brasil. E foi neste momento que uma nova frente de batalha teve início no mundo bilionário do BB e dos fundos de pensão. Com Sergio Rosa enfraquecido e Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, vivendo seu inferno astral, Aldemir Bendine, o Dida, passou a sonhar com a presidência da Vale. Seria necessário, neste caso, fazer com que Paulo Caffarelli assumisse o comando da Previ, que, além de maior acionista do BB, é também sócia majoritária da mineradora.
O grande arquiteto desse projeto é ........(continue lendo aqui)
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