Novos nomes ou velhos conhecidos. Época NEGÓCIOS fez uma seleção dos personagens que marcaram o ano
Graça Foster (Foto: Agência Brasil)
Primeira mulher a ocupar a presidência da Petrobras, Graça Foster está promovendo uma verdadeira revolução na empresa (saiba mais em matéria da edição de novembro de NEGÓCIOS).
Desde que assumiu, neste ano, a executiva trocou alguns diretores e muitos gerentes em cargos estratégicos, reviu metas de produção, projetos, cronogramas e cortou custos, entre outras “coisinhas”.
A trajetória de Graça, da infância pobre como catadora no Morro do Adeus, um dos mais perigosos do Rio, até seus 31 anos de Petrobras e a chegada à presidência da companhia foi destaque na imprensa nacional e internacional. O Financial Times foi um dos veículos a fazer um perfil da executiva. Graça foi indicada pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do mundo, em 2012.
Se a presidente Dilma Rousseff foi eleita pelas mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2012 ela conseguiu a façanha de superar seu antecessor. Ao menos nos índices de popularidade. Um ano depois de assumir a presidência, em janeiro de 2011, pesquisa do instituto DataFolha (realizada no início deste ano) já apontava que 59% dos brasileiros consideravam sua gestão excelente ou boa. Lula obteve 42% no mesmo período do primeiro mandato.
Os recordes vêm se repetindo em outras pesquisas ao longo de 2012. Em levantamento feito pela CNI/Ibope em setembro, 71% aprovaram Dilma, contra 69% que aprovaram Lula na terceira pesquisa do seu primeiro mandato. Para as instituições, a queda de vários ministros envolvidos em supostos esquemas de corrupção, episódio conhecido como “faxina” e que acabou rendendo uma imagem positiva ao governo Dilma.
Durante este ano, partiu de Dilma algumas iniciativas para estimular a a indústria brasileira, desde a desoneração da folha de pagamento até os planos de redução do preço da energia elétrica, que rendeu uma grande polêmica entre governo e elétricas.
A presidente foi considerada uma das 100 personalidades mais influentes pela revista Time e ficou com a terceira posição no ranking das mulheres mais poderosas do mundo da Forbes.
Controlador e presidente do conselho de administração da Gerdau, um dos maiores grupos empresariais do país, com faturamento superior a R$ 35 bilhões, Jorge Gerdau Johannpeter assumiu em 2011 o cargo de consultor do governo Dilma Rousseff.
A missão de Gerdau é melhorar a eficiência da administração pública no país. O trabalho, ao que tudo indica, vem dando resultados. Tanto que seu nome chegou a ser cotado, recentemente, como substituto do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colocado à prova pela imprensa internacional frente aos baixos índices de crescimento do país. Gerdau, como era de se esperar, negou os rumores.
O presidente do Grupo EBX, Eike Batista, passou o ano se debatendo para mostrar os resultados exigidos pelo mercado. Entre muitas quedas das ações de suas empresas na bolsa e alguns episódios de valorização, o empresário subiu e desceu no ranking de mais ricos feito pela Bloomberg.
Eike também foi um dos poucos brasileiros considerados um dos 100 mais influentes pela revista Time neste ano e já dá mostras de que vai se recuperar do tombo nas ações de suas empresas.
O empresário fez uma série de mudanças em cargos estratégicos de diretoria e promoveu reviravoltas estruturais, como a mudança na filosofia da OGX, com menos promessas e mais fatos.
Não é de hoje que o banqueiro e CEO do BTG Pactual é referência como investidor no mercado nacional. Neste ano, o BTG de André Esteves fez seu IPO na Bolsa de Valores, levantando quase R$ 3 bilhões. O banco participou ainda de grandes negócios. Para citar alguns, a compra de 40% da varejista Leader por R$ 665 milhões e a criação da B&A Mineração, do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, por R$ 1 bilhão. Esteves foi eleito pela revista "Bloomberg Markets Magazine" um dos 10 banqueiros mais influentes do mundo. O bilionário – dono de uma fortuna estimada em R$ 6 bilhões, segundo a "Forbes" – foi o único brasileiro presente na lista.
O médico gaúcho Oskar Metsavaht conseguiu consolidar neste ano a Osklen como grife de luxo. O empresário embolsou dezenas de milhões de dólares com a venda de 30% da marca para a Alpargatas, dona da Havaianas.
Badalado por artistas como Madonna, Naomi Campbell e Sting, Metsavaht já foi considerado uma das 100 personalidades mais inovadoras do mundo, pela revista americana FastCompany.
Em 2012, a Forbes colocou Metsavaht como um dos ricaços que devem fazer o seu primeiro bilhão em um futuro próximo. O empreendedor foi o único brasileiro da lista, na 10ª colocação.
O ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, que deixou a companhia estremecido com o governo, voltou neste ano ao mercado em grande estilo. O executivo criou a B&A Mineração, em parceria com o BTG Pactual.
Mesmo com pouquíssimo tempo de atuação, a mineradora já começa a incomodar a ex-empregadora de Agnelli. Sócio da Vale na África, o grupo israelense BSG Resources, chegou a afirmar que processaria o banqueiro André Esteves, do BTG, e Agnelli. O motivo seria uma negociação em curso para que o BTG e Agnelli assessorassem o governo da Guiné, na costa oeste da África, sobre o destino da mina de Simandou, a maior reserva inexplorada de minério de ferro do mundo. O governo da Nova Guiné negou a negociação.
Nascido em Paracatu, Minas Gerais, Joaquim Barbosa ocupou diversos cargos até ser convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o STF, em 2003. Barbosa foi o primeiro ministro negro a tomar posse na Suprema Corte.
Mas foi neste ano, como relator do processo de julgamento do mensalão, que o ministro de 58 anos ganhou notoriedade. O desempenho de Barbosa, conhecido por sua rigidez no julgamento de processos de corrupção, acabou lhe rendendo o apelido de Batman brasileiro, nas redes sociais.
Foi também neste ano, que Barbosa assumiu a presidência do Supremo, tornando-se o primeiro negro a comandar a corte.
Considerado o homem por trás da criação do Kinect – o sensor para jogos que funciona acoplado ao Xbox 360 e representa uma das poucas revoluções da Microsoft nos últimos anos – o engenheiro curitibano Alex Kipman neste ano passou a figurar no Hall of Legends da Microsoft.
Filho de diplomata, Kipman se formou em engenharia em Nova York e trabalha na Microsoft desde 2002. Lá, criou o Kinect. O acessório entrou para o livro dos recordes como o eletrônico mais vendido em menor tempo da história, ao bater ícones como iPods, iPhones e iPads e emplacou 8 milhões de unidades em dois meses. A tecnologia é vista como uma aposta na Microsoft para substituir o PC, ao menos como ele é conhecido hoje.
O brasileiro de 26 anos, Mike Krieger, foi um dos criadores do Instagram. O aplicativo, que conta com 80 milhões de usuários e foi comprado este ano pelo Facebook, por US$ 1 bilhão.
Especula-se que a transação tenha rendido a Krieger US$ 100 milhões. Nada mal para uma empresa que havia sido criada há pouco mais de um ano por alunos da Universidade de Stanford.
Sócio na ABInbev, empresa brasileira que hoje é a maior cervejaria do mundo, o investidor Jorge Paulo Lemann chegou a desbancar o empresário Eike Batista na posição de homem mais rico do país, segundo a Bloomberg. De acordo com a publicação, Lemann detém uma fortuna avaliada em US$ 18,9 bilhões.
Ao lado de Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, comprou a americana Burger King, por meio de seu fundo 3G Capital. Lemann adquiriu ainda o controle das Lojas Americanas e fundou o primeiro fundo de private equity do Brasil, a GP Investiments, responsável por comprar participações e impulsionar empresas como Estácio, ALL e BRMalls.
O empresário e criador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Abilio Diniz deixou os holofotes neste ano, ao passar o controle da companhia a Jean-Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino.
Mesmo nos bastidores, Diniz protagonizou uma verdadeira queda de braço com Naouri. Abilio chegou a ser barrado em uma reunião do Casino, em Paris (França), teve cortada a verba para segurança e jatinho e recebeu um recado azedo de Naouri: “Não negociamos sob ataques”, depois de enviar uma mensagem ao executivo, exigindo uma definição sobre o futuro da sociedade. Resta conferir os desdobramentos da novela no próximo ano.
"pescado" na ÉPOCA NEGÓCIOS
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