domingo, 27 de janeiro de 2013

Nordeste levará uma década para se recuperar da seca

A volta das chuvas no semiárido nordestino trouxe a esperança de dias melhores ao sertanejo, mas ainda estão longe de acabar com a devastação ambiental causada pela seca, desde o início de 2012. Segundo especialistas e autoridades, a recuperação de um período de estiagem tão longo e intenso só deve acontecer em uma década. Isso, caso as chuvas voltem à média nos próximos meses, e ações governamentais sejam tomadas para garantir o abastecimento de água. A seca 2012-2013 já é considerada a pior em pelo menos 40 anos.

Em muitas regiões do sertão, a semana foi de chuva intensa, que chegaram a causar prejuízos e levaram municípios que sofriam com a seca a decretar emergência no Piauí e na Bahia. Porém, devido ao déficit hídrico acumulado, as chuvas não devem ser capazes de suprir toda a carência deixada nos últimos meses. É a chamada “seca verde”, quando o pasto floresce, o chão fica úmido, mas não houve um bom acúmulo de água.

“As chuvas que caíram esses dias foram importantes, mas não foram suficientes para a regularização do déficit hídrico na região. O que tem chovido não corresponde a 10% do necessário para a normalização hídrica do Estado. É necessário que as chuvas continuem a cair”, afirmam os meteorologistas. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água em 1 m².

10 anos de recuperação

“Serão 10 anos para recuperar os efeitos desta seca. Precisamos pensar em ações de médio e longo prazo, porque a seca é um efeito natural que sempre acontece. É necessário propor a criação de um órgão a nível federal específico para seca”, avaliam os especialistas.

 “A seca hídrica é ainda muito intensa e é o maior problema enfrentado hoje, pois o déficit é muito alto. Precisamos que, ao menos este ano, a chuva ocorra na média, para não piorar ainda mais a situação”, complementam os especialistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário