Os Estados do
Tocantins, Maranhão e Piauí, três dos mais miseráveis do país, tiveram a maior
variação no componente educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM) de 1991 a 2010.
O Maranhão e o Piauí
registraram variações de pouco mais de 78% e o Tocantins apresentou índice de
89% em 20 anos. Os três Estados ocupavam as últimas posições do ranking
nacional em 1991. Vinte anos depois, o Tocantins passou para a 14ª posição, o
Piauí subiu uma, para a 25ª, e o Maranhão, que estava em último lugar, passou
para o 19º. O índice da educação, que era classificado como muito baixo nos
três casos, subiu para médio.
O IDHM foi divulgado na
semana passada no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, preparado pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). No Brasil, a área da
educação teve o maior crescimento relativo, com 129% no período de 1991 a 2010.
Faça o SEU cadastro no link:
http://www.brasilmmn.com/volare
http://www.brasilmmn.com/volare
A divulgação desses
dados é importante, principalmente neste momento em que recrudesce a luta pelo
poder, com a turma do contra, aqueles que querem a volta do Brasil aos tempos
da Casa Grande e Senzala, apelando de tudo quanto é jeito para desestabilizar o
governo trabalhista.
Nessa luta, vale tudo.
Desde artigos cínicos do "imortal" FHC até apelos pela volta da
ditadura militar nas redes sociais. O que importa para os ideólogos do
reacionarismo é promover o caos no país, abusando de qualquer meio que
possibilite isso.
A contrainformação, a
mentira mais deslavada, os boatos mais criminosos, a desfaçatez corporativista
de algumas categorias profissionais, como os médicos, o acobertamento
despudorado de escândalos promovidos pelos amigos, a divulgação de notícias
alarmistas sobre assuntos tão variados quanto economia ou segurança pública,
tudo isso faz parte da estratégia para manter o governo federal e seus aliados
sob constante pressão e para confundir a população, levá-la a pensar que o
Brasil já deu o passo adiante que faltava para cair no precipício.
Ora, qualquer pessoa
que não esteja cega pelo ódio ideológico ou pelo preconceito de classe sabe que
o país melhorou muito, em vários campos, nos últimos anos - e que há uma
imensidão de coisas ainda a fazer para levar a população a um estágio mais
amplo de justiça e igualdade social e econômica, o que, em suma, é o objetivo
de todas as nações do mundo.
Dizer que a educação, a
saúde, a infraestrutura, a moradia, os transportes, o nível de emprego e renda,
o acesso ao crédito, só para ficar em alguns exemplos, são hoje piores do que
décadas atrás é uma desonestidade monstruosa.
Essa notícia da melhora
da educação no país, segundo dados de uma entidade insuspeita como o PNUD, que
faz parte da ONU, não é para ficar restrita ao rodapé das páginas dos
jornalões.
Merece, isso sim, um
destaque que infelizmente não será dado a ela, porque a imprensa, como até as
pedras sabem, não está nem aí para a informação, já que seu negócio, até mesmo
antes de os trabalhistas se mudarem para o Palácio do Planalto, é funcionar
como um partido político informal, a serviço do que mais retrógrado existe na
sociedade brasileira.
De qualquer forma, os
fatos apontam que o Estado do Tocantins passou de um IDHM Educação de 0,369 em
1991 para 0,699 em 2010. Entre os itens que compõem o indicador, a taxa de
analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ainda está abaixo da taxa
brasileira, mas passou de 30,12% para 13,09% - no Brasil, a taxa de 2010 é
9,61%. Quanto à escolaridade, a expectativa de anos de estudo passou de 6,36
para 9,8, superando a expectativa brasileira de 2010, de 9,54. O atendimento
também melhorou e superou a taxa brasileira de 93,19%. Se em 1991, 65,77% das
crianças e jovens tocantinenses de 6 a 17 anos estavam na escola, em 2010 a
taxa subiu para 93,86%.
Faça o SEU cadastro no link:
Em outro Estado
paupérrimo, o Piauí, a taxa de atendimento também foi superada em 2010 - 94,45%
das crianças e jovens de 6 a 17 anos estavam na escola, enquanto em 1991 as
redes de ensino atendiam a 62,91%. A expectativa de anos de estudo no Estado
passou de 5,89 para 9,23 anos - abaixo da nacional. A taxa de analfabetismo dos
jovens de 15 anos ou mais ficou acima da brasileira. Em 1991, 40,46% não sabiam
ler ou escrever, em 2010 eram 22,92%. O IDHM Educação do estado passou de 0,362
para 0,646.
Até mesmo no Maranhão o
IDHM Educação passou de 0,357 para 0,639. A taxa de atendimento de 6 a 17 anos
passou de 59,38% para 93,01%, ainda abaixo da brasileira. A expectativa de anos
de estudo também ficou pouco abaixo da nacional em 2010, atingindo 9,26 anos,
mas apresentou aumento em relação à expectativa de 6,29 anos de estudo em 1991.
Há 22 anos, a taxa de analfabetismo no Estado era 40,68. Vinte anos depois,
20,87% não sabem ler ou escrever.
Faça o SEU cadastro no link:
"Nesses últimos 20
anos, a educação é responsável por 71% da melhora do IDHM do Brasil",
disse na última semana o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele
reconheceu que a evolução não significa que todos os municípios tenham atingido
um nível satisfatório e lembrou que esses municípios precisam de apoio.
"Esses municípios precisam de reforço, acompanhamento e apoio".
Segundo a diretora
executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, os dados mostram que
o primeiro passo para a conquista do direito a uma educação de qualidade está
sendo dado no Brasil. "O que a gente viu foi que nos último 20 anos o país
avançou bastante, justamente no que estava atrás. Quanto mais atrás, maior o
potencial de avanço", explica.
(Com informações
complementares da Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário