A divulgação desses
dados é importante, principalmente neste momento em que recrudesce a luta pelo
poder, com a turma do contra, aqueles que querem a volta do Brasil aos tempos
da Casa Grande e Senzala, apelando de tudo quanto é jeito para desestabilizar o
governo trabalhista.
Nessa luta, vale tudo.
Desde artigos cínicos do "imortal" FHC até apelos pela volta da
ditadura militar nas redes sociais. O que importa para os ideólogos do
reacionarismo é promover o caos no país, abusando de qualquer meio que
possibilite isso.
A contrainformação, a
mentira mais deslavada, os boatos mais criminosos, a desfaçatez corporativista
de algumas categorias profissionais, como os médicos, o acobertamento
despudorado de escândalos promovidos pelos amigos, a divulgação de notícias
alarmistas sobre assuntos tão variados quanto economia ou segurança pública,
tudo isso faz parte da estratégia para manter o governo federal e seus aliados
sob constante pressão e para confundir a população, levá-la a pensar que o
Brasil já deu o passo adiante que faltava para cair no precipício.
Ora, qualquer pessoa
que não esteja cega pelo ódio ideológico ou pelo preconceito de classe sabe que
o país melhorou muito, em vários campos, nos últimos anos - e que há uma
imensidão de coisas ainda a fazer para levar a população a um estágio mais
amplo de justiça e igualdade social e econômica, o que, em suma, é o objetivo
de todas as nações do mundo.
Dizer que a educação, a
saúde, a infraestrutura, a moradia, os transportes, o nível de emprego e renda,
o acesso ao crédito, só para ficar em alguns exemplos, são hoje piores do que
décadas atrás é uma desonestidade monstruosa.
Essa notícia da melhora
da educação no país, segundo dados de uma entidade insuspeita como o PNUD, que
faz parte da ONU, não é para ficar restrita ao rodapé das páginas dos
jornalões.
Merece, isso sim, um
destaque que infelizmente não será dado a ela, porque a imprensa, como até as
pedras sabem, não está nem aí para a informação, já que seu negócio, até mesmo
antes de os trabalhistas se mudarem para o Palácio do Planalto, é funcionar
como um partido político informal, a serviço do que mais retrógrado existe na
sociedade brasileira.
De qualquer forma, os
fatos apontam que o Estado do Tocantins passou de um IDHM Educação de 0,369 em
1991 para 0,699 em 2010. Entre os itens que compõem o indicador, a taxa de
analfabetismo dos jovens de 15 anos ou mais ainda está abaixo da taxa
brasileira, mas passou de 30,12% para 13,09% - no Brasil, a taxa de 2010 é
9,61%. Quanto à escolaridade, a expectativa de anos de estudo passou de 6,36
para 9,8, superando a expectativa brasileira de 2010, de 9,54. O atendimento
também melhorou e superou a taxa brasileira de 93,19%. Se em 1991, 65,77% das
crianças e jovens tocantinenses de 6 a 17 anos estavam na escola, em 2010 a
taxa subiu para 93,86%.