sábado, 2 de abril de 2011

Safra 2011 de milho empolga produtores

Como havíamos antecipado em postagem anterior que a safra de Grãos no Maranhão seria acima do esperado, devido ao bom inverno nos primeiros meses da nossa quadra chuvosa, ela se confirma conforme dados do governo.

Fonte: Sagrima          Texto: Raquel Araújo

Na Região Sul do Maranhão, os produtores rurais vivem a expectativa de uma safra recorde de milho em 2011. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é colher 660.778 toneladas, a partir de 372.286 ha plantados, registrando um aumento de 22,84% no rendimento médio do período, indo de 1.445 kg/ha, no ano passado, para 1.775 kg/ha nesta colheita.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2006, a cultura do milho ocupou, no Maranhão, uma área de aproximadamente 12,9 milhões de hectares, e foi responsável por uma produção de cerca de 41,3 milhões de toneladas de grãos. Já em 2010, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra de milho verão chegou a 527.267 toneladas no estado, produzida em 371.656 hectares plantados.
Os números crescentes têm empolgado os produtores rurais locais, que investem cada vez mais em áreas plantadas com o cereal. “Sabia que tínhamos uma produção de milho significativa, mas não imaginava quantos investimentos nesta cultura tem sido feitos nos últimos anos. Nas plantações vi produtos com alta qualidade e potencialmente comerciais”, ressaltou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca, Cláudio Azevedo, que visitou recentemente fazendas produtoras de milho no Sul do estado.
Na Região de Gerais de Balsas, por exemplo, as lavouras de milho têm dividido espaço com as de soja, seja no plantio paralelo, ou na rotação de culturas, muito comum nas propriedades locais. Um dos grandes grupos empresariais instalados na região, a Weisul Agrícola mantém quase 2 mil ha de milho safrinha e 900 ha de milho verão em suas fazendas Catuaí Verde e Catuaí Norte. “Rotacionamos o milho com a produção de soja, nosso principal negócio”, explicou o gerente de Operações e Financeiro, Paulo Cristiano Kovalski.
Outro empreendimento que costuma intercalar as lavouras é a SLC Agrícola, que mantém a Fazenda Planeste, também no sul do Maranhão. “Nosso foco tem sido o algodão, mas costumamos rotacionar essa cultura com soja e milho nas entresafras”, detalhou o gerente Financeiro da SLC, Rodrigo Machado Gelain.
A qualidade dos produtos gerados nas lavouras maranhenses já chamou a atenção de outros estados. A Fazenda Cajueiro, em Balsas (MA), destaca-se pela produção de sementes de soja, feijão caupi e três variedades de milho, e costuma abastecer os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Amapá e Roraima.
“Por dois anos abastecemos regularmente também o mercado da Venezuela. Estamos negociando novo contrato de fornecimento para esse país”, explicou o gerente administrativo, Daniel Ângelo Grolli. Além das sementes, a fazenda produz uma média de 80 sacas/ha de milho por safra.
 
Safras No Brasil, a produção de milho acontece em duas safras. A primeira é chamada de safra verão, e os plantios acontecem durante o período chuvoso, que no caso do Nordeste acontece nos primeiros meses do ano. A segunda safra dá origem ao milho safrinha ou de sequeiro, plantado logo depois a colheita da soja precoce.

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