O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca (MA), Cláudio Azevedo, visitou semana passada, em Terenos, a cerca de 40 km de Campo Grande (MS), uma das fazendas do Projeto Pacu, empreendimento especializado em ações na área de aqüicultura - com destaque para a piscicultura - e considerada a primeira fazenda de peixes do Brasil. A intenção do secretário foi conhecer experiências que possam basear um Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do estado. Atualmente, os peixes mais cultivados pelos maranhenses são tambaqui, curimatá e tilápia.
O Projeto Pacu existe há 23 anos e exporta alevinos para países, como Argentina, Japão e alguns da Europa. A empresa realizou ainda um trabalho de repovoamento com espécies nativas nas usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Itaipu (PR), localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai e está prestando assessoria técnica para projetos de piscicultura no Acre. O investimento em pesquisas possibilitou à empresa a descoberta de uma tecnologia de reprodução do peixe surubim-pintado, um dos mais procurados pelo mercado consumidor.
No Projeto Pacu, o secretário Cláudio Azevedo reuniu-se com um dos proprietários da empresa, o gaúcho Jaime Brum. Também participaram da visita ao projeto o consultor de Negócios da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental de Campo Grande, Delson Freitas, e o especialista em agronegócio da Embrapa Gado de Corte, Edson Espíndola Cardoso.
Desenvolvimento
Cláudio Azevedo reafirmou que o Maranhão tem um potencial muito grande no setor aquícola, mas que é preciso organizar a cadeia produtiva. “A partir do conhecimento de experiências exitosas como essa, vamos elaborar um Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura no Estado. Devemos elaborar também um diagnóstico que apontará o potencial e a vocação de cada região do estado e o que é necessário para alavancar o setor. A ideia é adaptar experiências como essa para desenvolver a aquicultura nas águas de interior, ou seja, nos nossos rios e lagos”, detalhou o secretário, revelando que a visita ao Projeto Pacu foi uma recomendação da então Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, grande admiradora do projeto e que conheceu a experiência no mês passado.
A fazenda visitada pelo secretário tem 400 hectares, dos quais 40 hectares são constituídos de tanques, que têm como principal função a produção de alevinos. Foram feitas também visitas ao laboratório de reprodução de alevinos - onde são injetados hormônios nas fêmeas e nos machos - e também aos tanques de alimentação dos peixes.
Jaime Brum contou que já esteve no Maranhão e que ficou impressionado com a topografia do estado. “O Maranhão é um dos estados com maior potencial de crescimento de piscicultura de águas doces e salgadas. Esta topografia plana, com disponibilidade de terras e a temperatura da água são fatores excelentes para a implantação de projetos de piscicultura”, afirmou ele.
De acordo com Jaime Brum, a temperatura da água no Maranhão chega a contribuir em até 50% com o crescimento de peixes, comparado com estados do Centro Oeste e Sudeste do Brasil. “Outro ponto positivo é a presença do Porto do Itaqui, com excelente localização para a exportação do peixe, que possui baixo nível de restrição comercial”, ressaltou.
O empresário explicou ainda que 60% do peixe consumido no mundo vem da pesca, principalmente marinha. Mas que esta produção no mar está ficando cada vez mais difícil pela necessidade de pescar mais longe e mais fundo, onerando os custos e aumentando o preço do peixe. “A aqüicultura está cada vez mais crescendo no mundo com uma taxa de 10% a 15% ao ano e cada vez mais a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) está incentivando o consumo do peixe, por ser bem mais saudável”, complementou.
Cláudio Azevedo convidou Jaime Brum para fazer uma visita mais minuciosa ao estado, para verificar mais detalhadamente as potencialidades do Maranhão.
Censo Aquícola
Jaime Brum lembrou que a conclusão do Censo Aquícola no Brasil vai contribuir muito para se ter um diagnóstico do setor. No Maranhão, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) está investindo recursos e disponibilizando técnicos do seu quadro de profissionais para auxiliar na conclusão do censo.
A aquicultura é o processo de produção, em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático, tais como peixes, camarões, mexilhões, ostras, rãs, entre outras espécies. Tem como principais áreas a produção de crustáceos, algas, moluscos e peixes.
O Projeto Pacu existe há 23 anos e exporta alevinos para países, como Argentina, Japão e alguns da Europa. A empresa realizou ainda um trabalho de repovoamento com espécies nativas nas usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Itaipu (PR), localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai e está prestando assessoria técnica para projetos de piscicultura no Acre. O investimento em pesquisas possibilitou à empresa a descoberta de uma tecnologia de reprodução do peixe surubim-pintado, um dos mais procurados pelo mercado consumidor.
No Projeto Pacu, o secretário Cláudio Azevedo reuniu-se com um dos proprietários da empresa, o gaúcho Jaime Brum. Também participaram da visita ao projeto o consultor de Negócios da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental de Campo Grande, Delson Freitas, e o especialista em agronegócio da Embrapa Gado de Corte, Edson Espíndola Cardoso.
Desenvolvimento
Cláudio Azevedo reafirmou que o Maranhão tem um potencial muito grande no setor aquícola, mas que é preciso organizar a cadeia produtiva. “A partir do conhecimento de experiências exitosas como essa, vamos elaborar um Plano de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura no Estado. Devemos elaborar também um diagnóstico que apontará o potencial e a vocação de cada região do estado e o que é necessário para alavancar o setor. A ideia é adaptar experiências como essa para desenvolver a aquicultura nas águas de interior, ou seja, nos nossos rios e lagos”, detalhou o secretário, revelando que a visita ao Projeto Pacu foi uma recomendação da então Ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, grande admiradora do projeto e que conheceu a experiência no mês passado.
A fazenda visitada pelo secretário tem 400 hectares, dos quais 40 hectares são constituídos de tanques, que têm como principal função a produção de alevinos. Foram feitas também visitas ao laboratório de reprodução de alevinos - onde são injetados hormônios nas fêmeas e nos machos - e também aos tanques de alimentação dos peixes.
Jaime Brum contou que já esteve no Maranhão e que ficou impressionado com a topografia do estado. “O Maranhão é um dos estados com maior potencial de crescimento de piscicultura de águas doces e salgadas. Esta topografia plana, com disponibilidade de terras e a temperatura da água são fatores excelentes para a implantação de projetos de piscicultura”, afirmou ele.
De acordo com Jaime Brum, a temperatura da água no Maranhão chega a contribuir em até 50% com o crescimento de peixes, comparado com estados do Centro Oeste e Sudeste do Brasil. “Outro ponto positivo é a presença do Porto do Itaqui, com excelente localização para a exportação do peixe, que possui baixo nível de restrição comercial”, ressaltou.
O empresário explicou ainda que 60% do peixe consumido no mundo vem da pesca, principalmente marinha. Mas que esta produção no mar está ficando cada vez mais difícil pela necessidade de pescar mais longe e mais fundo, onerando os custos e aumentando o preço do peixe. “A aqüicultura está cada vez mais crescendo no mundo com uma taxa de 10% a 15% ao ano e cada vez mais a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) está incentivando o consumo do peixe, por ser bem mais saudável”, complementou.
Cláudio Azevedo convidou Jaime Brum para fazer uma visita mais minuciosa ao estado, para verificar mais detalhadamente as potencialidades do Maranhão.
Censo Aquícola
Jaime Brum lembrou que a conclusão do Censo Aquícola no Brasil vai contribuir muito para se ter um diagnóstico do setor. No Maranhão, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) está investindo recursos e disponibilizando técnicos do seu quadro de profissionais para auxiliar na conclusão do censo.
A aquicultura é o processo de produção, em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático, tais como peixes, camarões, mexilhões, ostras, rãs, entre outras espécies. Tem como principais áreas a produção de crustáceos, algas, moluscos e peixes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário