EUA querem intercâmbio
de negócios para a Copa 2014
Ministro Gastão
Vieira recebe autoridades americanas para discutir oportunidades criadas pelos
megaeventos esportivos de 2014 e 2016
Os megaeventos esportivos que o Brasil sediará nos
próximos anos estão aproximando o país das principais potências econômicas do
mundo. Nesta quarta-feira (28), o ministro do Turismo, Gastão Vieira, recebeu
uma delegação americana composta por autoridades do Departamento de Estado,
investidores e acadêmicos na área de negócios e marketing esportivo. Na pauta,
as principais oportunidades criadas com a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos
Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
“O Brasil aceitou um dos maiores desafios de sua história, o de realizar
dois eventos deste porte em um curto espaço de tempo. Temos uma
responsabilidade em nosso setor turístico e a cooperação de países com esta
expertise, como os Estados Unidos, certamente nos ajudará a construir um grande
legado”, afirmou Gastão Vieira.
Reta Jo Lewis, representante especial para Assuntos Intergovernamentais
do Departamento de Estado, ressaltou que a marca brasileira tem tudo para se
fortalecer como nunca a partir da organização dos eventos. “O apelo turístico
do país nos parece fundamental para pavimentar um novo tipo de inclusão social.
Para vencer a barreira da língua, por exemplo, há espaço para nossa colaboração
com o intercâmbio de estudantes e ações semelhantes”, afirmou.
Um exemplo citado foi o do Superbowl, maior evento esportivo dos Estados
Unidos e um dos maiores do mundo. A cada ano, uma cidade diferente recebe a
partida, que decide o campeonato de futebol americano do país. Os intervalos da
partida têm grande impacto comercial e as principais empresas dos EUA disputam
espaço de mídia.
“Um comitê local inicia um grande projeto para engajar a população, para
que se sintam parte do evento. Áreas governamentais se unem com a iniciativa
privada, com a rede hoteleira, escolas e zonas mais afastadas da cidade. Tudo
para o evento não ficar restrito ao local do jogo”, contou Michael Bidwill,
presidente do Arizona Cardinals, time de futebol americano do estado. O Arizona
sediou a partida por duas vezes nos últimos 15 anos. Em 2015, será a terceira.
Estádios e arenas
A utilização dos estádios e arenas após o período da Copa 2014 também foi debatida. Os representantes americanos demonstraram algumas etapas do modelo comercial adotado no país com este tipo de construção. “A arena no Arizona que recebeu o Superbowl, por exemplo, gera um impacto de US$ 2,5 bilhões. São cerca de 200 datas fechadas por ano e poucas são voltadas para eventos esportivos. Há eventos corporativos, exposições, shows, formaturas estudantis”, afirmou Michael Bidwill.
A delegação estrangeira também se colocou à disposição para trabalhar
com o Brasil na questão da segurança. Novamente, grandes eventos americanos
foram citados como exemplo. “Vamos manter o diálogo e estreitar o intercâmbio
com o governo brasileiro. O benefício será mútuo”, declarou Reta Jo Lewis.
O ministro agradeceu a oportunidade. “Estamos modernizando nossa cadeia
turística, mas o número de estrangeiros que vem nos visitar ainda pode ser
considerado baixo. O gasto per capita de um turista brasileiro nos EUA gira em
torno de US$ 5 mil, somos um importante parceiro no turismo. Incorporando uma
agenda comum, sem dúvida, daremos um impulso importante ao setor”, disse Gastão
Vieira.
fonte: ascom
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