Volto ao tema Qualidade na Educação por conta da visível falta de comprometimento de boa parte dos professores, quando em sala de aula. Entro nesse assunto para mostrar que se os resultados finais (IDEB) de cada escola não são positivos o problema não é da família do aluno, e muito menos do aparelho Executivo gestor do Indicador Educação; mas, sim, do professor que é a ferramenta diária responsável para instruir os alunos em sala de aula. É claro que o governo vem com a sua parte, a sustentabilidade para aplicabilidade do aparelho gestor.
Para buscarmos essa realidade em cada escola, temos (atualmente) a ajuda de um indicador (IDEB) muito importante, pois é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. Assim, para que o IDEB de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. E Postura, Comprometimento e Dedicação do Professor em sala de aula são indispensáveis para que o Docente consiga, satisfatoriamente, instruir cada aluno conforme os princípios básicos. Do contrário, os resultados são bem abaixo dos projetados.
Para que Pais e Responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o IDEB da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das Secretarias Municipais e Estaduais e, principalmente, dos professores pela melhoria da Educação.
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
Com eu havia prometido, segue abaixo um demonstrativo do IDEB de algumas Escolas Municipais de Coelho Neto. O Índice apresentado aí mostra o resultado do trabalho dos professores, em sala de aula, nos governos passados. Assim confirma o IDEB.
ESCOLA (Municipal) | Meta projetada 2009 | IDEB Alcançado 2009 | Meta Projetada 2011 |
Rdo Melo Resende | 3,3 | 2,9 | 3,7 |
São Francisco | 3,6 | 3,1 | 4,0 |
Leozinho Sabido | 3,2 | 3,2 | 3,6 |
José Barreto | 2,6 | 2,7 | 3,1 |
Benedito Duarte | 3,3 | 3,0 | 3,8 |
José Sarney | 2,5 | SM | 3,0 |
Rdo Guanabara | 3,2 | 2,7 | 3,6 |
SM = Sem média
Como você pode acompanhar, apenas duas Escolas: Leozinho Sabido e José Barreto atingiram a meta projetada para 2009. Destaque para a Escola José Barreto que superou a sua meta. Assim, os professores das demais escolas devem rever os seus métodos e, juntamente com as suas supervisões, buscarem conseguir atingir as metas projetas. Pois são esses números que classificam os níveis de cada professor, já que são estes as ferramentas de instrução em cada escola.
Por isso que sempre falo que sou favorável à formação do professor por dentro da Profissão. Pois só assim os bons professores serão remunerados conforme seu desempenho, sua dedicação, seu comprometimento e, principalmente, pelos resultados positivos dos seus alunos no final de cada período. Em sendo assim, o professor será classificado (profissional e financeiramente) conforme os resultados do seu desempenho em sala de aula. E aí acabaríamos com as greves politiqueiras de alguns caciques, que não estão nem aí para os nossos filhos. Esses caciques lideram os sindicatos apenas para usarem como veículos de propulsão em suas campanhas políticas.
É preciso que tenhamos esse sistema (formação do professor por dentro da Profissão) em prática. Ele dará liberdade e Independência ao professor quando do exercício da sua profissão, pois somente ele será o responsável pelas suas conquistas (profissional e financeira) nessa sua caminhada. Nesse sentido, não tem como as metas do IDEB não serem alcançadas.
É o meu ponto de vista.
Simples assim!
Meu caro Raymundo José, vc conclui sua reclamação dizendo: É o meu ponto de vista. Simples assim.
ResponderExcluirMas tenha certeza de que não é uma coisa tão simples assim. Sua indignação é legítima e seus argumentos são, em parte, válidos. A educação é uma política pública cuja concepção não está a cargo dos professores. A operacionalização depende de um conjunto de fatores que somente funcionam de forma integrada e é aí que a coisa não acontece. Ao dizer que é "simples assim" se nega uma vastidão de estudos científicos que comprovam que os professores são protagonistas mas são também vitimas de um sistema atabalhoado e pouco prestigiado. Veja do ponto de vista sociológico que vc começará a ampliar sua visão do problema e concluir que não é "simples assim".