sábado, 19 de novembro de 2011

Em Vargem Grande (MA), 36% da população vivem em extrema pobreza

A renda média mensal dos moradores do município não passa dos R$ 156. Boa parte deles depende de ajuda do Governo Federal. Para quem tem no Bolsa Família a única fonte de renda, é difícil escapar da fome.

A equipe do JN no Ar foi para o Maranhão, mostrar como é a vida em um município do estado que tem o menor rendimento médio, segundo o IBGE.
A equipe encontrou muita gente sofrendo, reclamando por falta d’água e também usando uma água muito barrenta, que era só o que tinha. São brasileiros de Vargem Grande, no interior do Maranhão, que mal ganham para comer. A TV Mirante teve participação fundamental no trabalho, que começou nas primeiras horas do dia.
O avião do JN no Ar voou três horas do Rio até São Luis, capital do Maranhão. A equipe chegou no começo da madrugada e ainda não tinha amanhecido quando partiu para vargem Grande. Uma viagem de duas horas pelas BRs 135 e 222, onde a equipe flagrou 15 pessoas na carroceria de uma caminhonete.
Vargem Grande tem quase 50 mil habitantes, segundo o IBGE. Desse total, 36% da população vivem com a renda de até R$ 70, patamar considerado de extrema pobreza.
 
“É um município pobre e que não tem rendas próprias, infelizmente a gente tem que depender do Governo Federal e do governo do estado para que a gente possa fazer alguma coisa em benefício da população”, declarou Miguel Fernandes (PMDB), prefeito de Vargem Grande.
A economia que cresceu com base no comércio e na produção artesanal de cerâmicas, registra índices altos de desemprego e violência.
Outra carência do município de Vargem Grande é a educação. No povoado de Bananal, a única escola para as dez crianças da zona rural tem parede caída, cadeiras e mesas inadequadas para crianças pequenas e um teto que não protege da chuva.
O índice de analfabetismo no município é considerado alto pelo IBGE.
O governo do Maranhão enviou uma nota à equipe do Jornal Nacional, segundo ele, dando algumas explicações que influenciariam nesse resultado de o estado ter a menor renda média familiar, de acordo com o IBGE.
Uma das explicações seria o fato de que, no estado, as famílias têm muitas crianças e adolescentes, o que significa menos gente trabalhando, por isso um salário menor e renda mais baixa.
A outra explicação seria a grande concentração da população na zona rural, onde os salários são mais baixos e as rendas também.
 

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