“Não podemos
continuar formando professores sem vivência de sala de aula”
O ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante,
anunciou ontem um pacto realizado entre o governo federal e os governos
estaduais para a melhoria do ensino médio. Com orçamento de R$ 1 bilhão, o MEC
vai oferecer cursos de aperfeiçoamento e oferecer como estímulo uma bolsa de R$
200 por docente.
“É pouco. É o que podemos fazer hoje”, reconheceu o
ministro, que fez um mea culpa ao dizer que “não temos mais espaço hoje para
cortar uma área do MEC”. Mercadante ponderou, no entanto, que o valor
representa mais de 10% do que ganham muitos professores no País.
Além da bolsa, os professores passarão por um curso
de formação dividido em diferentes etapas ao longo do ano. Estão aptos a participar todos os professores de ensino médio, um universo atual de 405 mil
docentes. A meta do governo é melhorar indicadores de fluxo e proficiência no
ensino médio.
Os cursos serão incluídos dentro do terço da
jornada de trabalho dos professores voltadas a atividades de fora da sala de
aula, como preparação de aulas e correção de provas. Para um professor que
trabalhe 40 horas semanais, por exemplo, o curso deverá ocupar pelo menos três
horas de sua semana de trabalho. Os professores receberão ainda tablets com
material didático digital.
O ministro Aloizio Mercadante antecipou ainda que pretende mudar os cursos de
pedagogia e de licenciatura. “Queremos e vamos mexer na formação inicial dos
professores”, afirmou o ministro. “Não podemos continuar formando professores sem vivência de sala de aula”. Ele não deu detalhes, no entanto, de como serão
realizadas as mudanças e nem quando.
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